quarta-feira, 7 de novembro de 2012

SENTIMENTALISMO POLÍTICO:



Está mais do que na hora do povo brasileiro acordar para uma nova realidade:
“NÃO HÁ MAIS PARTIDO POLÍTICO IDEOLÓGICO E INDEPENDENTE”!
Não adianta nada brigarmos uns com os outros, por ideologias partidárias. Na verdade, tudo o que qualquer partido quer é isso, que o povo brigue entre si, defendendo ideologias partidárias, como “Dom Quixotes” lutando contra moinhos de vento.
O povo brasileiro, realmente sente como Cazuza “poetisava”: “ Ideologia, eu quero uma pra viver...”
Viemos de muitos anos de “traumas”, ditaduras, golpes, censuras, exílios, presos políticos, políticos presos, lutas infindas...Por estas e outras, sempre procuramos “heróis”, sempre procuramos a quem seguir, em quem acreditar e na maior parte do tempo, nos esquecemos de enxergar o principal, todas as mudanças conquistadas, não vieram de fato de nenhum partido ou de político algum, vieram pela vontade extrema do povo, que saiam as ruas, que se uniam, que se organizavam e, faziam as mudanças acontecerem.
O mais triste de tudo, é que quando as mudanças acontecem, sempre existe um político ou um partido, a tomar para si o feito, a reivindicar a mudança e com isso, dispersa e divide o povo, que volta a se digladiar, esquecendo onde está de fato o poder.
Hoje, com tantos escândalos surgindo de todos os lados, continuamos a nos digladiar e não ver que não é este ou aquele partido que está corrompido, mas TODOS. Basta um pouco de boa vontade e isenção de sentimentalismos políticos, para VER, que TODOS, sem exceção, estão envolvidos em escândalos e falcatruas.
CPIs são abertas a todo instante, denuncias jorram por todos os lados, partidos delatando os outros, políticos migrando mais do que macaco de galho em galho. A cada eleição, vemos mais e mais, alianças, coligações, apoios; e sempre de onde menos se espera. O povo assiste a tudo, reclama...e briga entre si. Cada parte da “massa” empunha sua bandeira, defende com verossímil afinco uma “sigla”, mas; NÃO SE DEFENDE, na desunião continuam a servir de massa de manobra, sem perceber que o poder sempre esteve em suas mãos.
Basta falar mal de um partido, para que aparecem argumentos acusatórios para todos os outros...mas se é assim, o que esta faltando para que se perceba que TODOS JÁ ESTÃO CORROMPIDOS?
E COMO MUDAR ISTO?
Primeiro, entendendo que o que se vive “partidariamente”, é ilusão, sentimentalismo, ideologia morta.
Segundo a mais brilhante arma de nosso século:  A INTERNET.
Com as redes sociais, caíram todas as barreiras de comunicação, o povo pode e DEVE expor suas necessidades, trocar informações, apresentar suas ideias e, SE ORGANIZAR.
É impressionante, quando um político “quente” ou um partido “forte”, organiza movimentos, greves, passeatas ou coisas do gênero, todos participam, as ruas lotam, as causas são defendidas, mas quando se trata do PRÓPRIO POVO SE CONCLAMAR,  vai para o ralo, nada acontece nada muda.
Será que já não está mais do que na hora de acabarmos com este “império do poder político”?
A solução não está abstinência de votos, mas em “fazer uma limpa” nos políticos. NÃO, para todos os políticos já a anos em suas cadeiras, para os partidos que já estão a tempos encabeçando bancadas. Não a coligações, Não a apoios políticos por interesses de cargos.
Que tal começarmos a votar um “partidos nanicos”, sozinhos, em novos candidatos que nunca tiveram chance e, que por manipulação dos “grandes”, acabam por servirem de chacotas.
Que tal começarmos a EXIGIR que se ACABE com as coligações, que cada partido “se vire sozinho”?
Chega de alianças, pois são elas que comprometem as finalidades, são elas que criam os “rabos presos”. A troca de favores políticos é o que corrompe ideias.
 
Chega de nos agarrarmos e ficarmos agradecidos com paternalismo. Chega de acreditarmos que criações de programas “beneficentes”, bolsas disso e daquilo, são motivos de agradecimentos e reconhecimentos. Vamos parar com a “troca de favores”.
NADA DO QUE RECEBEMOS É “BONDADE” , É OBRIGAÇÃO!
É OBRIGAÇÃO DO GOVERNO ZELAR POR SEU POVO, PARA ISSO SÃO ELEITOS!
NÃO É FAVORECIMENTO AS “ESMOLAS” PARA OS MAIS CARENTES  É VERGONHA!
“TODOS” OS POLÍTICOS, SEM EXCEÇÃO, AUMENTAM ABUSIVAMENTE SEUS SALÁRIOS, SEUS BENEFÍCIOS, SEUS NEPOTISMOS. MAS QUANDO SE TRATA DE OLHAR PARA O POVO, TEM QUE “APERTAR  O CINTO”, TEM QUE APLICAR ARROXO”.
NOSSA RECEITA É UMA DAS MAIS “FARTAS” DO MUNDO, MAS NOSSA MISÉRIA SE AGIGANTA A OLHOS VISTOS.
UM PAÍS DIGNO NÃO OFERECE ESMOLAS AO POVO MAS DIGNIDADE!
DIGNIDADE DE SALÁRIO!
DIGNIDADE DE TRABALHO!
DIGNIDADE DE SAÚDE!
DIGNIDADE DE SEGURANÇA!
DIGNIDADE DE EDUCAÇÃO!
DIGNIDADE DE CULTURA!
DIGNIDADE DE TRANSPORTE!
TEMOS RECEITA PARA ISSO!
PAGAMOS ALTOS IMPOSTOS PARA ISSO!
O QUE NOS FALTA SÃO HOMENS DE BEM PARA CUMPRIR ISSO!

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

A MENSAGEM QUE PRECISA SER ANUNCIADA!



Esta é a VERDADEIRA MENSAGEM:
“Porque Deus amou  o mundo de TAL MANEIRA, que deu seu ÚNICO FILHO, para que todo aquele que Nele crer, não pereça, mas tenha a VIDA ETERNA!”. João: 3.16
É muito triste, ver que nos dias atuais, TANTAS IGREJAS SÃO ABERTAS, Tantas IGREJAS LOTADAS...MAS CRISTO FICOU DO LADO DE FORA!
Pelo número de igrejas abertas, pelo número de pessoas que lotam as igrejas, a lógica seria um BRASIL MELHOR, COM MENOS VIOLÊNCIA CORRUPÇÃO E DROGAS.
Então, porque o BRASIL CAMINHA PARA  PIOR?
Porquê, apesar de tantas pessoas dentro das igrejas, nada melhora nos corações dos “homens de boa vontade”?
É simples; porque os homens estão de boa vontade em  adquirir prosperidade e saúde física.
Homens de “boa vontade” em enriquecer em cima dos púlpitos, homens de “boa vontade” em receber proveitos próprios, homens de “boa vontade” em provar as “maravilhas” da igreja.
Mas, onde estão os homens de BOA VONTADE EM PREGAR O SACRIFÍCIO DE CRISTO NA CRUZ, PARA SALVAR UM  PECADOOOOOOOOOOOOOOOOOOR?
Nenhum homem de “boa vontade” hoje em dia,quer mais dizer a alguém que SOMOS PECADOOOOOOOOORES.
 Onde estão os homens de boa vontade, dispostos a dizerem claramente  que “ TODOS PECAMOS E DESTITUÍDOS ESTAMOS DA GLÓRIA DE DEUS”?
QUE NINGUÉM PODE IR AO PAI senão pela GRAÇA QUE HÁ EM CRISTO JESUS?
Que se NÃO CONFESSARMOS COM A NOSSA BOCA QUE JESUS CRISTO É O SENHOR, não teremos salvação?
Chega de “apóstolos” que NÃO RESGATAM VIDAS DA MORTE, mas  tão somente ANGARIAM DIZIMISTAS!
VAMOS PARAR COM “MODALIDADES DE CULTOS”
É CULTO DA PROSPERIDADE, CULTO DA CURA, CULTO DOS MILAGRES, CULTO DAS PRINCESAS, CULTO DAS MARAVILHAS, CULTO DISSO, CULTO DAQUILO...
CULTO, SIGNIFICA CULTUAR, PRESTAR HONRAS...
Vamos prestar honras e glórias a prosperidade? A cura? Aos milagres? As princesas?
VAMOS PRESTAR CULTO AO ÚNICO QUE É DIGNO DE HONRA, GLÓRIA E MAJESTADE, AO REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES:  JESUS CRISTO, CAMINHO VERDADE E VIDA! 


segunda-feira, 18 de junho de 2012

COM O QUÊ ESTAMOS NOS CASANDO?



“ATÉ QUE  A MORTE OS SEPARE”.
As manchetes dos jornais estão se ocupando de dois crimes envolvendo conjugues nestes últimos dia.
Manchetes que chocam pela história do crime.
Em particular, o que me choca nestas manchetes, não é a forma do crime, mas o porquê dos casamentos estarem terminando com um crime.
A princípio, a ideia de casamento seria de uma decisão indissolúvel, para sempre, “ATÉ QUE  A MORTE OS SEPARE”.
Com o passar do tempo, passou-se a aceitar a ideia de que casamento poderia ser desfeito quando “acabasse o amor”, quando a felicidade saísse pela janela, quando já não houvesse mais compatibilidade, etc.
Mas o quê é casamento? Porquê casamos? Com quem casamos?
Se fizermos estas perguntas a pessoas mais idosas teremos respostas totalmente diferentes das mais novas, e essas diferente respostas poderão nos dar pistas do porque do aumento de criminalidade entre conjugues.
Os casamentos mais antigos, baseavam-se na intenção de constituir família e garantir descendência.
Os casamentos mais modernos, baseiam-se na intenção de individual de cada um. Sendo assim, em não sendo mais preciso pensar primeiramente em “família”, também não se precisa mais saber pesar quem estamos escolhendo para constituir a família. Não se avalia mais se o “outro” será propício a esta constituição. Também, não se precisa mais reavaliar dificuldades, imprevistos, diferenças em prol de manter coesa e equilibrada a família.
Parece que os casamentos atuais , não são mais com “alguém”, com uma pessoa, mas com interesses e planos individuais, o outro é apenas um coadjuvante, plenamente descartável, tão descartável a ponto de não se ter maiores pudores na maneira como se “descarta”.
Como um “simples plano descartável”, os casamentos atuais, recebendo o “eco” dos casamentos antigos: “Até que a morte os separe”; deturpam a legítima interpretação, a ponto de “providenciarem” esta sentença.
Que fiquem aqui as interrogações para reflexão:
O quê é casamento?
Porquê casamos?
Com quem casamos?
Com o quê casamos?
As respostas nortearão as consequências.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

MUDANÇAS LITÚRGICAS COMO RESULTADO DA RELAÇÃO IGREJAS EVANGÉLICAS E MÍDIA NO BRASIL


MUDANÇAS LITÚRGICAS COMO RESULTADO DA RELAÇÃO 
IGREJAS EVANGÉLICAS E MÍDIA NO BRASIL 
Por:Vanderlei Franco de Azevedo Filho

As transformações na ação pastoral no Brasil como resultado da relação da igreja cristã evangélica e a mídia em geral, sendo esta de constantes mudanças, como consequência da globalização e da velocidade da informação. Para isso é feita uma viagem no tempo trazendo o início e o desenvolvimento da relação igreja/mídia desde os anos 60, com pouca expressão, passando pelos anos 80, com a popularização da TV e a abertura política, quando vemos as igrejas evangélicas crescendo na mídia e se popularizando, até o final dos anos 80 com o surgimento das igrejas neopentecostais e os responsáveis pelo seu crescimento trazendo mudanças doutrinárias e litúrgicas por meio dos já conhecidos veículos de mídia, agora acompanhados da Internet, que juntos colocam as igrejas definitivamente na disputa por audiência. 
 Também sobre o mercado gospel, as igrejas de massa, as mudanças na ação pastoral e suas consequências além espetacularização dos cultos já nos anos 2000. 
Nosso objetivo é explanar a transformação das igrejas cristãs evangélicas com a popularização dos meios de comunicação até os dias de hoje sob uma perspectiva pastoral, litúrgica e homilética, onde com os avanços tecnológicos e mais precisamente na área de comunicação (televisão, rádio, jornal e internet) que chamamos atualmente de mídia, resulta em novas formas de midiatização da igreja e sacralização da mídia, num caminho bidirecional, fruto também da globalização e da velocidade da informação. 
Vamos buscar entender porque as igrejas, hoje têm canal de televisão, estações de rádio, vendem produtos variados, possuem megatemplos, produzem shows e passeatas, lançam artistas que se tornam famosos no Brasil e até no exterior. Têm um segmento próprio: o mercado Gospel. Com seus cultos atualizados se adequando à cultura brasileira, mais que isso: espetacularizados, com estratégias seculares disputando a cada dia espaço na audiência no rádio, televisão e internet. 
Mas afinal, qual a responsabilidade da mídia nas mudanças litúrgicas das igrejas evangélicas? Será que é a mídia que mudou as liturgias das igrejas ou será que a ação pastoral vem se utilizando da mídia com estratégias para lotar as igrejas e aumentar a arrecadação. 
Essas são algumas das questões a serem abordadas que nos levarão a refletir sobre esse relacionamento entre igreja e mídia. 
Preliminares à relação igreja-mídia 
Domingo: dia do Senhor! Três horas da tarde quando o sol brilhava no céu, era um hábito o de ver pelas praças umas pessoas vestidas, no caso dos homens de terno ou camisa social, e as mulheres de cabelo preso com coque e saias que iam até os calcanhares, com bíblias nas mãos, um com um pandeiro e outro que parecia o líder, com o microfone e uma guitarra ligados a uma caixa amplificada com um som abafado, cantando músicas que falavam de Jesus, enquanto outros distribuíam folhetos aos que passavam dizendo: JESUS TE AMA! Esses eram os “bíblias”. 
Essas lembranças nos fazem refletir o quanto mudou a igreja cristã evangélica daquela época até hoje, onde já na década de 60 e 70 os principais meios de comunicação eram os jornais e o rádio que traziam as informações de longe como coberturas de guerras, acontecimentos internacionais e copa do mundo. Já a televisão ainda não estava ao alcance da maioria dos brasileiros e não havia divulgação dos trabalhos dos pastores e missionários que eram, por vezes, solitários e sacrificantes devido a experiências de perseguição religiosa em um país que respirava o catolicismo, mais pelas tradições do que pela prática. Diversas são as histórias de padres que perseguiam e mandavam expulsar os pastores e missionários das cidades (principalmente no nordeste) principalmente interioranas, onde a igreja católica exercia grande poder; também era possível ver quantas pessoas que eram vizinhas dos “bíblias” que jogavam pedras dentro das igrejas na hora do culto e até saquinhos de urina e fezes para acabar com o barulho “irritante” daquelas caixas, aliás, cornetas de som. Igrejas em boa parte pequenas e de humilde estrutura. Não havia glamour algum em ser crente, muito menos ser pastor. 
Mas de lá para cá muita coisa mudou. Não se chamam mais “bíblias”, mas evangélicos, as igrejinhas viraram templos, e grandes templos; sofrer perseguição é coisa rara. 
Com as mudanças ocorridas com o fim da repressão militar e as diretas já nos anos 80, o Brasil experimentou um alívio com a anistia, a liberdade de pensamento e a volta de escritores importantes que estavam exilados. A televisão, jornais e rádio eram os principais meios de comunicação da época. Este é um período de intensa transformação nas tecnologias de comunicação, de ampliação do poder da TV, e manutenção da popularidade do rádio. Todo esse cenário contribuiu para o crescimento das igrejas evangélicas. 
Em 1982 foi criado o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC), o primeiro conselho de igrejas do Brasil que contava com a participação dos integrantes do protestantismo histórico de missão (PHM) (com exceção da Congregacional e da Batista) e também a igreja Católica, que juntos contribuíram em meio à nova realidade brasileira social econômica política e cultural. A partir daí a igreja evangélica aumenta a sua participação nos movimentos sociais o que se tornara uma questão de tempo para a entrada na política partidária formando a “bancada evangélica” no congresso nacional e participando também nos outros níveis políticos, seja municipal ou estadual. 

Os programas religiosos de televisão e rádio!
No rádio, desde a década de 50, a igreja já procurava superar o sectarismo e promover uma maior penetração em camadas sociais mais desfavorecidas através do veículo de massa mais popular da época, como foi o caso da Assembleia de Deus, enquanto a Congregação Cristã do Brasil permanecia numa acomodação fundamentalista . 
Nos anos 60 e 70 o movimento de Jesus dos EUA, os corinhos trazidos pelos missionários americanos, a influência do movimento hippie com evangelismo por meio de músicas e teatro fizeram com que um modo jovem de cantar, cultuar e dançar influenciasse a juventude protestante brasileira. Na década de 60 e 70 os pentecostais se tornam a grande força evangélica nas rádios: rádio “A voz da Nova Vida” com Roberto MacAllister, pela rádio Copacabana (1961), O programa “Voz da Libertação” da Igreja Deus é Amor (1964), além dos programas das Igrejas Brasil para Cristo e Universal do Reino de Deus que comprara horário na rádio Copacabana onde tinha um programa de 15 minutos, assim as igrejas espalhavam suas programações por diversas rádios. 
As rádios evangélicas, que nos anos 80/90 se multiplicaram nas faixas AM/FM, tendo a Esperança FM 100,7 do estado de Pernambuco, começado em fase experimental em 1985 e depois passando a se chamar Evangélica FM 100,7. A Melodia, criada em 1986, e outras se tornando mais conhecidas dos evangélicos. Programas como, “Culto em casa com Pr. Juanribe Pagliarine”, “as ilustrações do reino de Deus”, “o debate Melodia”, o programa com o então candidato a governador do estado do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, além de Arolde de Oliveira e outros que através das ondas do rádio levavam o evangelho e faziam crescer o número de evangélicos no Brasil.
Essa explosão midiática vem depois da Constituinte de 1988, com a farta distribuição de rádios e canais de TV pelo presidente José Sarney. Esse contexto é também resultante da midiatização da sociedade com a globalização e leva ao surgimento das igrejas midiáticas – ou seja, que já nascem com as mídias igrejas .
1 Pastor, cunhado do Bispo Edir Macedo. Juntos faziam parte da Universal do Reino de Deus, mas depois de sair de lá, fundou a Igreja Internacional da Graça. 
2 Fundador da Igreja Nova Vida, que começou com um programa de rádio na década de 60. Em 1978, se tornou um dos primeiros televangelistas com o programa Coisas da Vida, que apresentou por um bom tempo na TV Tupi.
3 Pastor da Assembléia de Deus Vitória em Cristo. 
4 Pastor que fundou a VINDE, Visão Nacional de Evangelização no Rio de Janeiro, em 1978. Desde 1974 tem pregado na televisão. Seu programa de televisão, "Pare e Pense", foi um dos programas cristãos de boa audiência. Está fora da grande mídia desde os anos 90, devido a denúncias que desgastaram sua imagem, tendo buscado formas alternativas de comunicação midiática e a partir daí criou seu canal de TV na internet: a “Vem e Vê TV.
Como a Universal do Reino de Deus, a Internacional da Graça e a Renascer (as principais). Na televisão, os primeiros evangelistas brasileiros foram, R.R. Soares1, Edir Macedo, Roberto MacAllister2 e Nilson Fanini, com o programa “Reencontro” da TV Educativa, que tinha uma versão radiofônica. 
Os programas de televisão evangélicos ganharam força com a programação da Igreja Universal, na CNT, que promoveu uma nova onda de exploração da mídia pelas igrejas neopentecostais (MARIANO, 2001). Não podemos nos esquecer de outros programas como Vitória em Cristo, do Pastor Silas Malafaia3 na Rede TV, e da Assembleia de Deus de Boston, na CNT, com grandes nomes do cenário gospel que nos fins de tarde ampliavam o já aquecido cenário evangélico brasileiro, gerando muita audiência. 
O pastor Caio Fábio através do seu programa social da Fábrica da Esperança em Acari (Rio de Janeiro), nos anos 90, chegara a se tornar consultor especial da Rede Globo de Televisão para assuntos religiosos. O programa dos Gideões na CNT era uma das forças nos anos 90 em meio aos evangélicos pentecostais que vibravam com as pequenas partes das pregações do Pastor Marcos Feliciano, da Assembléia de Deus Tempo de Avivamento e outros pregadores a cada programa. Com a concessão da TV Record para a Igreja Universal do Reino de Deus nos anos 90, surgiu um dos programas de mais destaque veiculado nas madrugadas: “Fala que eu te escuto”, que abordava temas sociais, religiosos e de relacionamento familiar, isso tudo com a participação ao vivo dos telespectadores. 
Ganha força também a gravadora Line Records, da Igreja Universal, que contrata nomes consagrados e lança novos nomes no mercado gospel, além de um programa de auditório musical aos sábados de manhã na TV Record, para divulgar os seus cantores. 
A mídia e as principais mudanças na forma de cultuar das igrejas A igreja cristã no Brasil começou a sofrer grandes mudanças a partir dos anos 80, quando, por um lado, tínhamos as igrejas tradicionais com seus cultos mais racionais e uma liturgia mais rígida e do outro lado as igrejas pentecostais com seus cultos mais voltados para as manifestações consideradas como dons do Espírito Santo, principalmente do dom de línguas estranhas marcados pela ausência de uma rigidez litúrgica. 
O crescimento das igrejas pentecostais no Brasil passou a acontecer através de um evangelismo forte e contínuo nas praças, nos hospitais, nas ruas e também com o evangelismo pessoal, assim como através dos cultos, orações e consagrações, além de devoções matinais e vespertinas voltados para o oferecimento de curas e as chamadas libertações espirituais, com forte busca por manifestações ditas sobrenaturais. Isso despertou a atenção de muitos segmentos cristãos tradicionais (católica, batista, presbiteriana, metodista e outras), que aos domingos frequentavam suas igrejas, mas nos outros dias iam em busca de algo que ia além do que viam em suas igrejas. Também havia na liturgia um espaço que era o mais aguardado do culto: a profecia, conhecida como a entrega de revelações divinas, além do relato de visões sobrenaturais.
Era comum também nas igrejas pentecostais o uso de uma linguagem diferenciada das demais igrejas, com o uso frequente de nomes relacionados à simbologia bíblica como, por exemplo, chamar uma “irmã” da igreja (metonímia), de “varoa” e o homem de “varão”; nomes relacionados a anjos (ex.: varão de branco, varão com a espada), ou chamar a ambos de “vaso” ilustrando alguém cheio de unção de Deus. 
Esses são alguns exemplos de nomes usados, mas o que mais chamava a atenção nos pentecostais eram os usos e costumes dos membros, que causavam estranheza em outras pessoas, pois se vestiam diferente, homens de terno ou roupa social de blusa com manga até o punho, mulheres sempre de coque nos longos cabelos, saias até os tornozelos, muitas não podiam se depilar ou pintar o cabelo e até nas igrejas mais radicais, os membros eram proibidos de uso de métodos anticoncepcionais, ver televisão, uso de brincos e outros acessórios. Essas influências vêm em grande parte das Assembleias de Deus e da Congregação Cristã no Brasil principalmente nas periferias e regiões mais pobres, conforme diz Gedeon Alencar, pastor da Assembleia de Deus Betesda: 
[...] todos os demais movimentos, denominações e instituições que se “pentecostalizaram” ou se “renovaram” têm, ou tiveram, alguma influencia do pentecostalismo assembleiano. O costume da saudação da “paz do Senhor”, o hinário, o modelo patrimonialista, usos e costumes, a ênfase evangelística, a dinâmica e participação do povo, etc., todas estas questões estão presentes em todos os movimentos pentecostais, por mais independentes que sejam, e são originados da “matriz pentecostal assembleiana.
Mas esse moralismo e simbolismo que eram muito comuns nas igrejas pentecostais fundamentalistas vêm também de uma relação com as sagradas escrituras que pautava seus valores e éticas com origem nos missionários que trouxeram o protestantismo para o Brasil. 
O protestantismo que chegou ao Brasil teve duas origens geográficas que determinaram sua concepção de mundo. De um lado, a imigração de luteranos alemães e suíços, bem como de anglicanos. Estes, entretanto, permaneceram circunscritos aos seus grupos étnicos, estabelecendo pouco ou nenhum contato com os brasileiros. Por outro lado, a vinda de um protestantismo de missão, abarcando várias denominações protestantes (batistas, metodistas, presbiterianos), que, vindo dos EUA, trouxe caráter imprescindível à compreensão da dinâmica dos evangélicos no Brasil. Estes grupos, mais influentes do que o protestantismo de imigração, determinaram a concepção dos evangélicos de separação entre as coisas do mundo e coisas de Deus, frutos da carne e frutos do espírito, pureza e impureza, termos de oposição originários da herança puritana.
Esse retrato das igrejas evangélicas pentecostais começa a mudar com o surgimento das igrejas neopentecostais no final dos anos 80, quando tem início um crescimento dos evangélicos no Brasil, sem precedentes. O termo gospel começa a se popularizar. A Igreja Renascer em Cristo foi determinante para a popularização e a Teologia da prosperidade, também conhecida como confissão positiva, palavra da fé, movimento da fé e evangelho da saúde e da prosperidade, é um movimento religioso surgido nas primeiras décadas do século XX nos Estados Unidos da América. Sua doutrina afirma, a partir da interpretação de alguns textos bíblicos como Gênesis 17.7, Marcos 11.23-24 e Lucas 11.9-10, que os que são verdadeiramente fiéis a Deus devem desfrutar de uma excelente situação na área financeira, na saúde, etc .
 A Teologia da Batalha Espiritual envolve uma concepção da vida cristã que utiliza uma metáfora belicista, recorrendo a crenças como as maldições hereditárias, os espíritos territoriais e a possibilidade de um cristão ficar endemoninhado. Para resolver tais problemas, implementa-se a chamada “cura interior” e a “conquista de território” .
A consolidação do movimento gospel. Fundada em 1986 pelo casal Estevan e Sônia Ernandes, a igreja surge com uma proposta de pregações com base na teologia da prosperidade e na teologia da batalha espiritual que mais tarde seriam pontos chaves das igrejas neopentecostais. Mas o principal era o trabalho com música e com jovens, uma combinação perfeita que faria a igreja crescer rapidamente. O tempo dedicado aos louvores se tornara maior e atraia jovens de outras denominações.
Muitos dos frequentadores, além dos jovens convertidos à doutrina evangélica pentecostal, provinham de outras igrejas evangélicas, inclusive da Igreja Cristo Salva, em busca de espaço de expressão maior para a juventude. A diferença estava no tempo maior dedicado à parte musical nas programações da igreja. Amplo espaço era concedido aos frequentadores que buscavam a expressão religiosa por meio da música.
O crescimento das igrejas neopentecostais se deu de duas formas principais: A primeira delas, a música; a segunda, as campanhas de libertação e campanhas de prosperidade. 
Na primeira, as bandas de rock evangélico começam a ganhar espaço na mídia atraindo cada vez mais jovens para dentro das igrejas. As bandas que mais se destacaram na época foram: Rebanhão, Catedral, Contato Vital, Katsbarnea, Fruto Sagrado, Oficina G3, Resgate, Metal Nobre, entre outras. A partir do sucesso desse “nicho” jovem, vêm embalados no crescimento das produções musicais os chamados ministérios de louvor das igrejas, já no final dos anos 90 e 2000, que com um alto grau de investimento em equipamentos de som e luzes e um profissionalismo, levaram esses grupos de louvores para a mídia.
Um dos grupos de referência desse tipo de louvor e adoração é o Toque no Altar, da Igreja do Ministério Apascentar de Nova Iguaçu, que trazia em suas músicas inspirações para “ministrações” (pequenas pregações) durantes as músicas. Aliás, as “ministrações” se tornaram um diferencial nos louvores das igrejas com músicas de adoração de cantores como Adhemar de Campos, Asaph Borba e Ludmila Ferber, músicas que estavam literalmente na “boca do povo”, pois explodiram nos cultos das igrejas modificando a forma de cantar nos círculos evangélicos. Surgiram então os novos grupos de louvor congregacionais, inspirados nestes e em músicas do grupo musical Diante do Trono, de Ana Paula Valadão, que faziam “escola” com cursos e palestras sobre adoradores e ministros de louvor. 
Esse tipo de “ministração” na verdade envolvia palavras que eram faladas, às vezes frases inteiras e até trechos bíblicos, tudo isso em meio à música que estava sendo cantada, além de grupos de coreografia em que os dançarinos dançavam em coreografia sintonizada. 
As letras das músicas ficaram menores para dar espaço a essas “ministrações” que logo deram origem também às canções espontâneas, cujas letras eram improvisadas em meio à melodia. 
Nos anos 2000 os seminários de louvor viraram uma febre nas igrejas, que contavam com os cursos citados acima, além de oficinas de temas relacionados oferecidos por cantores ou líderes famosos. Este estilo de adoração trouxe uma grande aceitação na mídia e foi fortemente divulgado nas rádios evangélicas que obtiveram um grande crescimento na audiência e também nos programas de televisão, normalmente nas manhãs de sábados ou domingo ou pelas madrugadas em canais de pouca audiência. 
A segunda forma de crescimento das igrejas neopentecostais foram as chamadas campanhas de libertação e campanhas ligadas a temas de prosperidade dos bens materiais, bastante utilizados pela Igreja Universal do Reino de Deus – IURD. Nos cultos da IURD o foco era, num primeiro momento, os exorcismos e ampla divulgação da mudança de vida destas pessoas que foram libertas, associando a uma vida antiga de derrotas (de vícios, doenças e maus relacionamentos e pobreza) a possessões e opressões demoníacas e também a resultados de trabalhos de feitiçaria. Depois, o foco passa a ser as campanhas de prosperidade, como por exemplo, a “Nação dos 318”, com entrevistas na televisão de pessoas que passaram de empregados assalariados a donos de seu próprio negócio, aumentando a fé das pessoas no nome de Jesus. 
Com o crescimento das igrejas neopentecostais e sua presença mais intensa nos meios de comunicação de massa, as mudanças doutrinárias, litúrgicas, a abertura dos usos e costumes em várias outras igrejas, se tornara apenas uma questão de tempo. Os programas gospel de televisão e rádio começaram pelo ponto de partida para manter sua programação no ar: os pedidos de ofertas e patrocinadores, além dos carnês que eram enviados para a casa dos fieis e depois a opção de se tornarem sócios do programa com intuito de mantê-los no ar. 
A partir daí, a igreja usa as estratégias em propaganda e marketing e cria produtos religiosos como revistas, livros, CDs de mensagens, DVDs, e os vende em sua programação, além da programação jovem e diversificada atraindo cada vez mais. Tudo isso oferecido pelos pastores de forma sistematizada nas suas homiléticas  espetaculares.
A homilética espetacular seria, então, aquela que a aliena o fiel do produto da sua piedade, de sua vida de fé, tornando-o espectador da experiência religiosa, mediante a transferência da responsabilidade real para a sua representação invertida. Essa homilética deve, para sobreviver no contexto espetacular, promover uma abundante indigência teológica e criar sucessivas pseudonecessidades espirituais que serão supridas, ou que pelo menos parecerão ser supridas, pela mediação das imagens, encenações e representações. Afinal, no dizer de Fisk, “a magia faz parte da essência do meio [televisivo]” .
Vale destacar justamente a referência à “transferência da responsabilidade real”, ou seja, nas campanhas, transfere-se para Deus e para o Diabo a responsabilidade pelo que ocorre na vida de cada pessoa, e tudo se resolve com o que é realizado seja contra o Diabo ou para Deus. 
As mudanças na ação pastoral provocadas pela mídia As ações pastorais também são influenciadas pelas transformações emergentes da sociedade, e para atender a essas necessidades, é que os pastores/pregadores, se adéquam, ou melhor, adéquam suas mensagens, para um resultado mais abrangente. O telehomileta, expressão usada por Luiz Carlos Ramos, está atento aos acontecimentos da mídia e as opiniões de outras igrejas e aos acontecimentos seculares. 
O telehomileta espetacular consegue despertar o interesse de seu público, dirigindo-lhe uma mensagem afinada, ou melhor, sintonizada na freqüência dos seus mais pungentes anseios. A homilética, não da presença, mas do presente, encontra eco nas expectativas da grande massa populacional, de um lado, e se reformula para atender a essas expectativas, sempre e quando a pesquisa de opinião aponta para outras direções, tal como faz a indústria da mídia em geral.

O problema é que pelo fato das pregações serem abrangentes, não são direcionadas a uma comunidade de fé específica, ou seja, para as necessidades locais. Outra situação interessante na área pastoral ocorre em relação às prédicas das igrejas de massa: O que antes era o principal da mensagem – a santificação, o abandono do pecado, o reino dos céus – acaba deixando de ser usado nas prédicas, ou tem apenas uma pequena citação, pois, estes assuntos agora descem ao segundo plano pela falta de interesse do público. É aí que o pastor tem que optar por qual caminho seguir. E muitos têm escolhido o que agrada o público.
Outra mudança diz respeito às igrejas de massa, com megatemplos, onde a cada culto vão centenas de pessoas e há um líder, normalmente um bispo ou apóstolo, com auxílio de um pastor e de vários obreiros que funcionam como auxiliares e trabalham todos na mesma linha e liturgia do líder da igreja. O mais interessante é que nestas igrejas de massa não há um vínculo dos fieis com a igreja, ou seja, a igreja não tem membresia. As pessoas que frequentam a igreja têm livre acesso e participação dos cultos. As Igrejas da Graça, Universal, e mais recentemente a Mundial da Fé, estão neste exemplo. 
Pastores de diversas igrejas têm mudado suas liturgias para acompanhar as transformações da sociedade impostas pela mídia e também pelas igrejas que existem ao seu redor, pois, é muito comum que as igrejas que ainda são tradicionais em seus costumes e liturgia, acabem se esvaziando devido ao grande apelo das igrejas que têm vários eventos com participação de cantores famosos, além do uso de cenários e objetos em seus cultos para o auxílio do exercício da fé e também pela ênfase dada aos anseios imediatos das pessoas com promessas de prosperidade, curas e grandes shows .
Estes ingredientes se tornam irresistíveis para uma pessoa em condições financeiras e emocionais adversa e que ainda precisa estar sempre sendo impulsionado por algo palpável a caminhar. A expectativa é que os problemas sejam solucionados no culto ou campanha, mas muitas vezes os problemas estão nas próprias pessoas. 
Os grupos evangélicos de hoje, ao contrário, não se preocupam com o destino da alma depois da morte. As pessoas não são convertidas para serem salvas. Elas se convertem para viver melhor esta vida. O que interessa é vida antes da morte, neste mundo .
A espetacularização do culto: 
O culto nas igrejas evangélicas sofre grandes mudanças na segunda metade dos anos 90 com a explosão de alguns grupos musicais e com uma supervalorização do louvor na liturgia de forma que as igrejas que antes lotavam e ainda lotam para ver pregadores famosos como Silas Malafaia e Marcos Feliciano, agora passam a encher as igrejas com shows de ministérios de louvores e cantores (as) solos que eram (e ainda são) contratados pelas igrejas que acabaram investindo nos seus músicos locais e iluminação de primeira qualidade, além, é claro, de equipamentos de som e instrumentos profissionais . 
Outras igrejas seguindo a linha adotada pela Igreja Universal utilizam símbolos litúrgicos, alguns de outras religiões não-cristãs como copo d´agua e sal grosso e também o uso de símbolos e ritos utilizados pelos judeus do Antigo Testamento. Várias igrejas adotam festas como as Primícias, a Festa dos Tabernáculos, fazendo mudanças na sua liturgia e visual espetacularizando suas atividades cúlticas.
Como é a sociedade do espetáculo: 
Na sociedade do espetáculo, a mercadoria é a formulação pelo avesso do valor vivido. Pode-se traçar um paralelo com a idéia do evangelho como mercadoria que representa o avesso do seu real valor. Se o princípio evangélico maior é a graça, o da mercadoria é o preço. Daí que já não vigora mais o princípio de que se deve buscar primeiro o reino sem se preocupar com as demais coisas, pois essas seriam acrescentadas naturalmente, conforme registro evangélico da pregação de Jesus no Sermão do Monte ( Mt 6); mas, antes, deve-se abrir mão da justiça, pois as questões fundamentais se deslocam: o que importa é buscar primeiro as demais coisas, quanto ao reino, este será acrescentado como brinde. Essa mentalidade fica explícita no tipo de apelo que se faz para motivar os fiéis-espectadores a assistir a certos programas religiosos espetaculares: a cura para doenças do corpo; a solução de conflitos familiares; a obtenção de bens materiais; a conquista de postos de trabalhos e lugares de proeminência; etc. 
Em outras palavras há um forte apelo psicológico e emocional nas igrejas com intuito de arrecadação vendendo produtos sacralizados e soluções de problemas sem que haja realmente uma conversão. É uma fórmula: se você está com depressão, problemas conjugais, vícios e etc. “venham participar da campanha...” normalmente a solução está ligada a algum sacrifício financeiro ou fidelização de participação efetiva. Se o fiel participa até o fim, recebe a vitória almejada. A fórmula é a mesma, o que mudam são os nomes das campanhas, o cenário e os objetos simbólicos a serem adquiridos para aumentar a fé. 
É como o formato das novelas: intrigas, o rico oprimindo o pobre, o galã que se relaciona com várias mulheres da trama, o casal unido que se separa no início e sofre a trama toda até se reconciliar ao final, O bandido perverso oprime até o final, quando o mocinho derrota o bandido. E se a audiência estiver fraca, o autor “mata” algum personagem deixando dúvida sobre o assassino até o último capítulo. Muitos acompanham mesmo sabendo que ao final tudo vai ser “final feliz”. Estes ingredientes das novelas também têm um forte apelo psicológico e emocional que prendem o fiel telespectador até o fim para conseguir a sua vitória, ou melhor, a alegria de ver o “final feliz” até o início da próxima. 
Conforme o filósofo alemão Theodor Adorno, a indústria cultural funciona com base na produção de falsas novidades, ou o que chamou de “pseudo-individuações” . Funcionando de forma semelhante à indústria cultural, já que preza também pelo consumo e o lucro, as estratégias comunicacionais utilizados pelo neopentecostalismo se assemelha à lógica da “pseudo-individuação” adorniana. Há de e notar que as igrejas fazem eventos seguidos de eventos trazendo supostas novidades que obrigam a fidelização dos “consumidores”. Campanhas com pingentes ungidos que para surtir efeitos devem ser seguidos do início ao fim, caso contrário, não receberá a benção. É como montar um quebra-cabeça da fé; cada culto ao final um pingente e no final da campanha só receberá a vitória se tiver todos os pingentes. É como um álbum de figurinhas que tem de estar completo. 
Considerações finais :
Enfim, com a popularização da televisão no Brasil, vimos um alcance da mídia em todos os níveis da sociedade que somados às rádios e mais recentemente a internet e a globalização, indicando-nos que a igreja evangélica no Brasil entrou por um caminho de um quase impossível retorno. 
Hoje, as ações pastorais refletem as rápidas mudanças na sociedade de uma forma geral, tanto culturais, econômicas, políticas e sociais, pois também formam opiniões e mobilizam essa mesma sociedade em busca de um mundo melhor e uma sociedade mais justa. 
Mas também há uma preocupação com as igrejas, que não querem fazer parte deste mundo de informação instantânea, com rápidas mudanças e que vivem um isolacionismo, podendo até num futuro breve, acabarem ficando vazias, com os poucos fiéis, o que na verdade não deixa de ser uma escolha, porque será o caminho e o direito de escolha de muitos líderes destas igrejas continuarem na mesma visão que já tem, pois há espaço para todos. 
A questão é delicada, pois com a espetacularização dos cultos, as igrejas mais tradicionais ficam em um dilema: mudar ou não mudar? manter ou se adequar? As igrejas que não permitiam bater palmas, hoje já admitem ministério de coreografia. O que isto revela? É claro que este trabalho científico não esgota o assunto aqui, mas procura contribuir no mundo acadêmico para um melhor entendimento do caminho futuro das igrejas evangélicas no Brasil. 


  QUAIS SÃO AS FALSAS DOUTRINAS QUE PODEMOS IDENTIFICAR ATUALMENTE? 
  (Meu adendo:)

Alguns dos falsos ensinamentos que abordaremos constam do movimento G-12. 
1. Quebra de maldição hereditária – toda maldição foi quebrada quando aceitamos Cristo como Salvador da nossa alma. 
2. Confissão positiva – a confissão positiva coloca o peso da realização nas palavras pronunciadas e na atitude mental da pessoa e não na fé genuína em Deus (At 3.16; Hb 12.1,2). 
3. Confissão regressiva – é a confissão, de novo, de pecados já perdoados por Cristo, especialmente aqueles cometidos antes da conversão à Cristo. 
4. Sopro espiritual. 
5. Cura interior – as doenças emocionais são devastadoras. Jesus, de fato, as cura completamente. A heresia está no fato de que pregadores relacionam os problemas emocionais com a maldição hereditária e querem cura-los com regressão psicológica. Cristo nos cura dos traumas psicológicos e emocionais. Nos cura até da auto-imagem negativa. 
6. Regressão psicológica – esta prática pode deixar seqüelas mentais graves. 
7. A mania de querer mandar em Deus – expressões tais como ‘eu declaro’; ‘eu ordeno’. ‘eu profetizo’; ‘povo de Deus, declare isto: o Brasil é do Senhor Jesus’, pronunciadas sem a efetiva ordem de Deus é heresia e não muda situação alguma. 
8. Superstição. 
9. Incubação – a incubação é uma conseqüência da confissão positiva. Trata-se de se gerar uma imagem mental, direcionada para o alvo que se pretende alcançar. 
10.  Teologia da prosperidade – a Bíblia apresenta a teologia da prosperidade*, mas não como se ensina nestes movimentos. Muitos relacionam a vida do crente vitorioso com a sua prosperidade financeira. De fato, Deus deseja que seus filhos seus prósperos, mas não sê-lo não significa falta de salvação. 
11.  Cair no poder – muitos homens santos de Deus caíram debaixo do poder de Deus, mas sempre para frente, com o rosto no chão, conscientes, embora muitos ficaram fisicamente abalados e muitas vezes estavam sozinhos.
Encontro
Os Encontros fazem parte da estratégia de consolidação. São retiros, normalmente de três dias, realizados com os membros das células. Para participar é necessário passar pelas reuniões de pré-encontro, onde os participantes recebem instruções sobre a visão e a estrutura da igreja em células. Após o retiro também são realizadas reuniões pós-Encontro.
De acordo com Castellanos: "É a primeira experiência de confrontação cara a cara com Deus, consigo mesmo e com as demais pessoas, que o motivará a refletir no seu viver diário e a projetar-se com paz e segurança em Jesus Cristo para o futuro. O encontro é uma experiência genuína com Jesus Cristo, com a Pessoa do Espírito Santo e com as Sagradas Escrituras, no qual, mediante conferências, seminários, vídeos e auto-exame se leva o novo convertido ao arrependimento, libertação de ataduras e cura interior. O propósito é dar orientação clara, à luz das Sagradas Escrituras, ao recém convertido, sobre seu passado, presente e futuro com Jesus Cristo, mediante ministrações a nível pessoal e de grupo... Desta maneira, o novo crente é preparado para desenvolver uma relação íntima com o Senhor, facilitando-lhe o aprendizado da oração, leitura da Palavra e o conhecimento da visão..." [2]
É comum, em alguns casos, antes do Encontro o participante já ter passado pelo batismo nas águas, mas geralmente isso acontece após o encontro, quando o participante já alcançou certo nível de consciência de arrependimento de pecado, requisito primordial para a realização do Batismo.
Após o Encontro o membro da célula passa por um treinamento para se tornar líder. Esse curso dura de 3 a 6 meses e tem por objetivo formar o membro para conduzir as reuniões nas células. Quando um líder tem várias células sob seus cuidados ele recebe outros títulos, como supervisor ou coordenador.
 Críticas
O Movimento G12 tem gerado grandes discussões no meio evangélico brasileiro, devido à sua conotação neo-pentecostal. Bem recebido e implantado por algumas igrejas e totalmente rejeitado em outras.
A principal crítica ao movimento é com relação às doutrinas que os opositores alegam estar 'embutidas' no G12. Muitas dessas doutrinas não são aceitas pelas denominações tradicionais e pentecostais clássicas, tais como: batalha espiritual, quebra de maldições, cobertura espiritual, atos proféticos, cura interior, etc. Há algumas críticas também pelo fato de haver uma suposta sessão de regressão na qual o participante do encontro faz o seu "renascimento".
Certos teólogos e espiritualistas, porém, consideram o G12 inapropriado por sua grande semelhança com certos cultos do paganismo, tais similitudes estando mais evidentes durante os Encontros.
Esta postagem é simplesmente para encaminhar a posição oficial sobre o G12 e o seu subproduto mais conhecido, o encontro. Não aceito as críticas correntes feitas por idealizadores locais do encontro, no sentido de que "quem critica não é espiritual, é problemático" .

Eu entendo a busca empreendida pelas denominações históricas na tentativa de acordar o seu rebanho para um renovo espiritual, e isso é salutar, pois, essas denominações, inclusive a batista, estavam meio mortas, ou, adormecidas no seu tradicionalismo. O que é perigoso, por demais, é aceitar fórmulas prontas, anti-bíblicas, heréticas, visando apenas o crescimento da igreja. Todos os avivamentos contrários à sã doutrina, desde o século XVIII, e principalmente os do século XX nos Estados Unidos, não se mantiveram, tampouco trouxeram frutos permanentes para o reino.


Eu fiz o "Encontro Face a Face" e sei reconhecer as suas qualidades e os seus terríveis defeitos. A qualidade é aquela que citei em epígrafe: sacudir o crente e torná-lo mais consciente da sua condição, aproximando-o de Deus através da oração. Os defeitos são vários, valendo citar o ritual horroroso e ridículo de "quebra de maldições hereditárias" (mais de duas horas renunciando a absurdos); igual lapso temporal dedicado a um processo claro de lavagem cerebral, onde um grupo de pastores e leigos "ministram" os participantes através de gritos, uivos e rosnados, para cuja finalidade não se sabe qual, uma vez que se tratam de pessoas convertidas, não possessas e afeitas ao evangelho. E, por último, a intragável confissão, sacramento trazido diretamente do catolicismo romano. Tudo isso, contrário à sã doutrina bíblica.


Não consigo atinar como evangélicos (sérios) possam aceitar tais rituais em suas "Igrejas", recebendo o pacote pronto diretamente do "Movimento herético G12". Essa atitude, sem meios termos, é completamente irresponsável. Repito: concordo que o encontro traz frutos, mas deve ser "adequado á doutrina bíblica" (séria), que é incontrastavelmente firmada na Palavra de Deus. 
É triste observar que os afeitos ao referido encontro sem modificações (pacote fechado), costumam tachar de reacionários àqueles que se colocam firmemente segundo a visão da própria denominação batista a nível nacional. 


É hora de os líderes da nossa Associação, os pastores (comprometidos) da nossa região acordarem para essa questão, pois esse movimento herético nascido do G12 não permanecerá, como não permaneceu no resto do Brasil em tempos passados, tendo, inclusive, dividido inúmeras igrejas. Façam o "Encontro Face a Face", mas com responsabilidade, corrigindo erros e suprimindo as heresias. 


PRONUNCIAMENTO PREÂMBULO 

 Participando dos debates e acompanhando com interesse as experiências com relação ao chamado Movimento G12, ou Igrejas em Células, ou Modelo dos Doze. E neste momento da vida denominacional entendo necessário fazer o pronunciamento a seguir, visando à saúde doutrinária e à unidade das igrejas, à sustentação dos princípios bíblicos e teológicos que informam nossas doutrinas e práticas, à eficácia de nosso testemunho nesta virada de século e milênio e, sobretudo, à glória de Deus. 

NOSSAS CONVICÇÕES
Como preliminar à nossa avaliação e posição sobre o G12, é mister recordar e afirmar algumas de nossas convicções: 1. Cremos nas Escrituras Sagradas, e canônicas, compostas de Antigo e Novo Testamento, como registro fiel da revelação de Deus, e como única regra de fé e conduta, para o crente e para a igreja de Jesus Cristo, no mundo. 2. Cremos que a Bíblia deve ser interpretada por firmes princípios hermenêuticos, dos quais ressaltamos o de que a Bíblia deve ser interpretada pela Bíblia, o texto, pelo contexto, mas sempre à luz da Pessoa e dos Ensinos de Jesus Cristo. 3. Cremos no Deus trino, Pai, Filho e Espírito Santo, cujas obras contemplamos na Criação e na História e que se revela de maneira gradual e progressiva, nas Escrituras e, plenamente, na Pessoa de Jesus Cristo, Verbo encarnado. 4. Cremos na Igreja como entidade temporal e atemporal, fundada por Jesus Cristo e que tem por missão a redenção dos homens e o fazer discípulos em todas as nações, a formar uma nova criação, a humanidade deuteroadâmica. 5. Cremos na suficiência de Jesus Cristo como Senhor e Salvador, e na eterna salvação dos que nele creem. Cremos que no ato de sua fé em Cristo, o novo crente recebe o Espírito Santo como penhor da herança eterna, iniciando-se, então, o processo da santificação cujo alvo é tornar o crente semelhante a Cristo. 6. Cremos, como cristãos, evangélicos, que a revelação chegou à plenitude em Jesus Cristo e que toda alegação de novas revelações e novas verdades, por sonhos, visões e outros meios, deve ser cotejada com as Escrituras, corretamente interpretadas. 7. Cremos que a igreja do Novo Testamento, especialmente a de que dá conta o livro de Atos, constitui modelo para as igrejas de nossos dias, já no compromisso com a proclamação, a adoração, a comunhão, a edificação e o serviço; já em seu funcionamento pendular, no templo e nas casas, a promover o reino de Deus. 8. Cremos serem permanentes e de valor universal e transcultural (a valer, portanto, em todas as culturas), os princípios bíblicos de organização, vida, ministério, proclamação e serviço da igreja, porém os métodos e modelos de sua atuação podem e devem variar, de acordo com a sociedade e a cultura em que a igreja se insere e desenvolve a sua missão. 9. Cremos, como biblicamente fundados, os princípios do sacerdócio universal dos crentes, de livre exame da Bíblia e, portanto, de livre acesso a Deus, por meio de Jesus Cristo. Por isso rejeitamos o sacerdotalismo, o sacramentalismo e o ritualismo, qualquer tipo de hierarquia na esfera espiritual e eclesiástica, e a pretensão humana de interpor-se entre o crente e Deus. 10. Cremos, outrossim, no princípio de autonomia da igreja local e de seu governo congregacional, sob a liderança de Jesus Cristo, seu único Cabeça. 11. Cremos, à luz de Efésios 4.11, que o Senhor provê pastores/mestres para Suas igrejas, a eles incumbindo pregar e ensinar a Palavra, sem mescla de erro, sem distorções, com fidelidade, dedicação, simplicidade e clareza (2Tm 4.2-4). 

NOSSA PERCEPÇÃO SOBRE O MOVIMENTO G12
Percebemos, pela leitura dos escritos do originador do Movimento e de seus discípulos em nosso país, algumas características ou elementos que o fazem contrastar e chocar-se com a posição que acabamos de descrever no formular de nossas convicções. Vejamos algumas: • Perfil neopentecostal e neocarismático, com ênfase na experiência pessoal e mística, em detrimento da Palavra escrita. • Misticismo em todas as áreas da vida e do funcionamento do programa. • "Marketing religioso" que até entendeu de eliminar da igreja nascente o próprio nome evangélico ou cristão. • Visão empresarial da igreja. • Forma episcopal de governo da igreja, e de pirâmide hierárquica e centralizadora de poder. • A pretensão de terem a última palavra da revelação de Deus para a igreja do século 21. • Desprezo aos valores estéticos e à riqueza teológica da hinódia cristã, formada ao longo dos séculos. • Sacralização do número 12, como se fora paradigma para o novo modelo de grupos. • Pretensão de santificação instantânea, obtenção e liberação do poder como resultado do Encontro proposto como condição fundamental para a habilitação dos discipuladores. • Crescimento numérico, como único critério de legitimidade bíblica e evangelicidade, em detrimento da clareza e de formulação de sólidas bases teológicas. • Ênfase na salvação temporal. • Evangelismo de resultados e não de compromisso com a verdade, em que conta pragmaticamente o número. • Construção do movimento sobre uma experiência pessoal de visão de um líder. • Ênfase demasiada nos métodos, na estrutura programática que há de ser seguida à risca, quando sabemos que Deus não unge métodos, mas pessoas. • Participação (no Encontro) como fonte única de autoridade crítica. • Emoção humana, como evidência incontestável da presença do Espírito Santo. • Evidências de manipulação psicológica e espiritual, especialmente, no Encontro, que é parte essencial do Movimento G12, não restando aos dele participantes as condições e o tempo necessários à reflexão crítica, à atitude bereana.
NOSSA POSIÇÃO SOBRE O MOVIMENTO G12 

À luz das convicções que explicitamos, do exame criterioso e objetivo de testemunhos, relatórios, pronunciamentos e documentos de líderes evangélicos em geral , em particular, e das características que acabamos de assinalar, chegamos à seguinte posição: 1. Não julgamos o espírito ou as intenções dos fundadores e pais do Movimento, mas nos atemos aos fatos e escritos a que tivemos acesso. 2. Reconhecemos que ao longo dos séculos, e especialmente no nosso, têm surgido propostas, modelos e métodos de "fazer igreja" e de evangelizar ou "fazer missões", alguns com a pretensão de serem a "última revelação" a "última palavra", "o método perfeito", mas todos têm sido marcados pela temporalidade e impermanência. Afinal de contas, os métodos variam, e não são eles que contam, mas a pessoa humana. Diz, com propriedade, um autor estrangeiro, que "o homem é o método de Deus". 3. O G5, o G12, as "koinonias", os "grupos de ECO", os NEBS (núcleos de estudo bíblico nos lares) constituem todos modelos humanos, e têm o propósito (ou devem ter), de promover a eficaz atuação da igreja no mundo. Mas nenhum deles pode arrogar-se o "status" de revelação final ou método perfeito; todos esses modelos são marcados pela falibilidade humana. Quanto ao número 12, por exemplo, não há registro bíblico de que cada apóstolo tenha preparado doze discípulos, e estimulado estes a discipular mais doze. Nem há registro de as igrejas dos primeiros séculos da história cristã haverem criado grupos de 12, ou de qualquer outro número fixo e definitivo. Reuniam-se nos lares, sim. Mas sem definição de um número fixo de pessoas, ou pretensão de outra homogeneidade que não a da fé, do grupo eclesial que se reunia. 4. É verdade que nossas igrejas, para cumprirem efetivamente o mandato recebido do Senhor, de "fazer discípulos de todas as nações", precisam de extroverter-se, conforme a igreja de Jerusalém. Lá os crentes reuniam-se "no templo e de casa em casa". É mister adotar estruturas leves e simples, mediante pequenos grupos nos lares. Isso, entretanto, sem perder de vista a unidade e a integridade da igreja. Para tanto os grupos nos lares, ou células familiares, seja qual for o nome adotado, a) devem ser dirigidos por pessoas com capacidade espiritual, moral e intelectual; b) os líderes devem ser bem preparados pelos pastores; c) os líderes devem ser orientados a conduzir estudos sobre os mesmos temas, a comunicar as mesmas doutrinas, a conduzir o povo de Deus à firmeza na fé, à comunhão, à santidade e ao serviço; d) os líderes dos grupos ou das células devem formar discípulos maduros não vindo a torná-los, à moda de gurus, dependentes e inaptos a buscar por si próprios a direção de Deus em Sua Palavra. 5. Rejeitamos o Movimento G12 quanto ao modelo e conteúdo dos Encontros alvitrados em sua filosofia (Pré-Encontro, Encontro e Pós-Encontro), pois seus métodos e procedimentos vêm ao arrepio dos princípios e ensinos das Santas Escrituras. Com efeito, ensinos e práticas por ele adotados opõem-se claramente à Palavra de Deus. Destacamos, a propósito: a) A ênfase na maldição hereditária, com esquecimento do teor geral da Bíblia, sobre o assunto; b) a prática da chamada confissão positiva; c) práticas de regressão psicológica; d) ensino e a prática da chamada "nova unção"; e) prática do sopro espiritual; f) ensino do batismo do Espírito Santo como "segunda bênção", tendo línguas como evidência; g) prática do segredo; h) unção com óleo; i) urros e palavras de ordem nos cultos. 6. Exprobramos o orgulho espiritual, a forma não cristã de desprezar os que não aceitam a "visão" - como a denominam - ou outros métodos ou modelos de "fazer igreja", fatos que temos comprovado em relatos do movimento e mensagens de alguns de seus dignitários.
NOSSA EXORTAÇÃO E RECOMENDAÇÃO AOS PASTORES E ÀS IGREJAS 

No espírito de Jesus Cristo, e buscando a edificação, crescimento e a firmeza das igrejas e seus obreiros, 1. Exortamos pastores e igrejas a cumprirem o que ordena Paulo aos tessalonicenses e a nós também: "Examinai tudo; retende o bem". Mas que nunca venham a adotar com açodamento ou a pregar como definitivo e de valor absoluto, qualquer método, modelo ou programa de igreja que eventualmente tenham produzido frutos noutras culturas e noutros lugares. Por outro lado, cada método ou modelo deve ser examinado criticamente em seus fundamentos bíblicos, e antes de seus princípios serem experimentados ou aplicados, é mister haver conhecimento da realidade da igreja e da comunidade em que ela se insere. 2. Alertamos que nenhum método ou modelo tem legitimidade, para uma igreja verdadeiramente evangélica , se conflitar, em suas bases ou práticas, com as Escrituras em que cremos e a teologia e eclesiologia que adotamos. 3. Proclamamos a necessidade de um avivamento, do quebrantamento do povo de Deus, de abandono do pecado, de compromisso com Jesus Cristo. Por isso, conclamamos o púlpito de nossas igrejas a confrontar o pecado, a pregar o arrependimento, a convocar o povo de Deus ao compromisso com a pureza, a santidade, a integridade e a fidelidade a Cristo em todas as áreas da vida pessoal, familiar e profissional.. 4. Recomendamos que nenhum modelo ou método seja adotado na igreja por imposição do pastor, e nem seja implementado e forçado um modelo que venha a produzir divisão, amargura e prejuízo à paz no Corpo de Cristo. Se é de Deus, a visão não será só do Pastor, mas há de ser comunicada à igreja como comunidade do povo de Deus. 5. Finalmente, concitamos o povo de Deus a receber, examinar e praticar boas opções que existem para o crescimento das igrejas; a incorporar em seu programa práticas que se conformem com a doutrina, os princípios bíblicos e de nossa fé, que não prejudiquem nossa identidade, e se coadunem com a decência e a ordem que devem caracterizar o culto e a vida da igreja (1Co 10.31; 14.40).