sexta-feira, 9 de julho de 2010

A IDOLATRIA AO PODER:

MINISTÉRIO PÚBLICO DECRETA PRISÃO DO GOLEIRO BRUNO:




Ministério Público pede a prisão de Bruno e amigo
06 de julho de 2010 • 23h38 • atualizado em 07 de julho de 2010 às 11h08

Jornalistas lotam a frente do Departamento Geral de Polícia Especializada do Rio, onde o adolescente prestou depoimento Foto: Douglas Shineidr/Futura Press

Jornalistas lotam a frente do Departamento Geral de Polícia Especializada do Rio, onde o adolescente prestou depoimento
Foto: Douglas Shineidr/Futura Press

O promotor Homero das Neves Freitas Filho, Coordenador da 1ª Central de Inquéritos do Ministério Público Estadual pediu, no fim da noite desta terça-feira, no plantão Judiciário, as prisões temporárias, por cinco dias, do goleiro Bruno Souza, do Flamengo, e de seu funcionário Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, pelo crime de sequestro. Eles são suspeitos do desaparecimento da estudante Eliza Samudio, 25. O MP também pediu a apreensão de J., 17, que afirmou para a polícia que a jovem está morta.

Em depoimento à Divisão de Homicídios do Rio por mais de cinco horas, J. disse ter participado do sequestro da moça, na noite de 4 de junho, na saída de hotel na Barra da Tijuca. O menor foi localizado na mansão do jogador, no Recreio. Apesar de não ter dúvidas do envolvimento do jovem no crime, a polícia encara com reservas as declarações dele, que estaria tentando livrar Bruno de participação no homicídio. O relato do adolescente vai contra o que já foi apurado na investigação.

Aos policiais, J. contou que seguia para Minas Gerais com Macarrão na Range Rover de Bruno - onde peritos identificaram vestígios de sangue humano. Ele declarou ter dado três coronhadas na cabeça de Eliza, que teria sangrado muito e, mesmo assim, seguido viagem por mais de cinco horas até o sítio, em Esmeraldas. No depoimento, J. afirmou que Macarrão teria matado a moça.

J. é o primo citado pelo motorista Cleiton da Silva Gonçalves, em depoimento à DH de Contagem. Como revelou O DIA, o motorista contou que participou de jogo de futebol no sítio, em 8 de junho, e que pediu para tomar banho na casa, mas que foi impedido pelo goleiro, alegando que 'ela' (Eliza) estava ali. Cleiton disse ter encontrado dois primos de Bruno - o menor e homem identificado como Sérgio - no jogo dia 10. Naquele dia, a dupla teria dito que 'aquela mulher não iria mais perturbar'.

A polícia carioca chegou a J. após o tio do rapaz procurar a Rádio Tupi informando que o sobrinho havia confessado a participação no crime. Na entrevista, o homem disse que o garoto estaria escondido desde domingo na casa de Bruno. No início da tarde, agentes foram ao condomínio. Foi o goleiro quem abriu a porta. Segundo J., o bebê teria ficado com Dayanne de Souza, mulher do atleta, enquanto Macarrão teria levado Eliza, ainda 'viva e lúcida', para fora do sítio. Depois, o secretário do jogador teria retornado, dizendo que ela estava morta.
ar onde Eliza teria sido morta, diz delegado

Qui, 08 Jul, 10h38

SÃO PAULO (Reuters) - A polícia de Minas Gerais disse que o goleiro Bruno, que nesta quinta-feira teve suspenso seu contrato com o Flamengo, estava no local onde, segundo os policiais, a ex-namorada do atleta Eliza Samudio teria sido morta na região metropolitana de Belo Horizonte.

"Bruno estava lá, estava dentro da casa", disse o chefe do Departamento de Investigações da Polícia Civil em Minas Gerais, Edson Moreira, em entrevista coletiva.

"(Ele) viu a mulher (Eliza) com a cabeça toda estourada. Acompanhou, segundo testemunhas, a levada de Eliza para o sacrifício, para a morte", acrescentou.
Eliza recentemente deu à luz um filho que alegava ser fruto de um relacionamento com Bruno. Ela teria sofrido golpes de coronhada na cabeça quando era levada por um adolescente e um amigo de Bruno do Rio de Janeiro para Minas Gerais.

De acordo com a polícia de Minas Gerais, informações obtidas no depoimento de testemunhas como Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, e o adolescente, que também teria acompanhado o assassinato, dão conta de que Eliza teria sido levada à casa de um ex-policial civil identificado pela polícia mineira como Marcos Aparecido dos Santos.

Segundo a Polícia Civil mineira, a ex-namorada de Bruno teria sido assassinada pelo ex-policial, também conhecido pelos apelidos de "Bola" e "Paulista". "Ele é o responsável pela execução, morte e desaparecimento do corpo de Eliza", disse Edson Moreira, que mostrou uma foto do ex-policial civil aos jornalistas.

"MECÂNICA DO CRIME"

Wagner Pinto, delegado de homicídios de Minas Gerais, disse que o menor de idade contou aos policiais como teria sido "a mecânica do crime".

O delegado disse aos jornalistas que o menor contou que foi junto com Romão à residência de Marcos.

"Ele (o menor) explicou como as mãos (de Eliza) foram atadas com corda. Esse indivíduo (Marcos) entrou nas costas dela, fez o estrangulamento com o braço, prendeu ela com as pernas para que ela não se movimentasse para matá-la", disse o delegado Wagner Pinto.

De acordo com o relato do policial, Marcos teria instruído Macarrão e o menor para que deixassem o local, pois ele cuidaria de desovar o corpo.

Na quarta-feira a polícia esteve na residência indicada pelo adolescente como sendo de Marcos e, segundo Wagner Pinto, nada foi encontrado no local. Somente num veículo que estava parado em frente à casa foi encontrado, e no porta-malas, a polícia uma substância parecida com sangue.

Os policiais acreditam que o material encontrado no carro, que de acordo com delegado pertence a Marcos, seria sangue de Eliza. Amostras foram coletadas e serão levadas para exames no instituto de criminalística.

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