O Pastor e a Política
Esta reflexão se dirige diretamente aos cristãos, não que os que
professem outras religiões não possam participar, mas, para se fazer
entendida sobre pontos de vista cristão, é preciso um pouco de
referências bíblicas,e a bíblia não é o fundamento para todas as
religiões. Eu sei que é bem longo,mas necessário para que fique
esclarecido.
Vemos muitos pastores/líderes preocupados
em levantar homens na política para "defenderem os interesses da
igreja", quando na verdade isto é tudo engano, pois eles sabem que quem
cuida da igreja é Deus, que o seu intercessor é Jesus e o seu provedor é
o Espírito Santo, o que eles têm que fazer é devolver a direção da
igreja para a trindade e colocar em prática a sua palavra.
Mas
infelizmente muitos já perderam esta esperança e estão confiando e
colocando a esperança na corrupta política, chegam até mesmo a
insensatez de promoverem congressos para discutirem a participação dos
evangélicos na política, visando incitar o apoio aos seus candidatos,
quando não, eles mesmos abandonam os seus afazeres ministeriais para
divulgarem suas próprias candidaturas, perdem e jogam fora o tempo em
que ambos deveriam usar para elaborarem um encontro evangelístico de
impacto (que há muitos anos não vemos em nossa nação) e/ou projetos de
assistência social para alcançar os menos favorecidos de suas
respectivas igrejas e que eles mesmos ignoram, projetos como construções
de colégios profissionalizantes, centros de recuperação de drogados e
viciados, hospitais evangélicos e etc.
Eles alegam que a motivação
para se candidatarem é a defesa da igreja de Deus. Na verdade, a
política é o meio pelo qual eles buscam defender os seus próprios
interesses e camuflar as suas injustiças morais e sociais; pois a
política jamais defenderá a Eklésia, a Universal Assembleia dos Santos, a
Igreja Viva, o Organismo Santo, mas a organização, a denominação, a
instituição "filantrópica" com seus interesses puramente individuais e
facciosos.
Inclusive, os pastores aqui no Brasil têm mania de
perseguição, quando na verdade eles mesmos a incitam. Antes de virarmos
uma igreja política, Deus quer que se façam deprecações, orações,
intercessões e ações de graças por todos os homens, pelos reis e por
todos que estão em eminência, para que tenhamos uma vida sossegada, em
toda a piedade e honestidade. Porque isto é agradável diante de Deus
nosso Salvador que quer que todos os homens se salvem e venham ao
conhecimento da verdade – I Tm 2.1-3.
Muitas das vezes as alegações
para o apoio aos políticos evangélicos são espúrias e baseadas em
rumores inverídicos de ameaças, como a promulgação de leis que forcem a
igreja a celebrar casamentos de homossexuais, eles mesmos sabem que
baseado em nossa legislação isto é impossível de acontecer, mas mesmo
assim não instruem a igreja com verdade, os nossos direitos de culto e
liturgia são invioláveis, segundo o artigo 5º; parágrafo VI da
Constituição federal que diz: É inviolável a liberdade de consciência e
de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e
garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de cultos e as
liturgias. E casamento de homossexuais não faz parte de nossa liturgia.
Mas na busca de seus próprios interesses, vemos pastores colocando nos
púlpitos das igrejas até mesmo homens iníquos e abomináveis e no meio
do culto à Deus interrompem o sagrado e dão o microfone nas mãos deles
para falarem do profano e prometerem mentira.
Com esta prática eles
profanam o templo, assassinam e destroem as nossas raízes de identidade
cultual e se igualam com as suas contaminações ao inimigo grego dos
judeus Antioco Epífanes IV que mandava imolar porcos no altar de Deus e
construir um altar ao deus grego júpiter dentro do templo de Jerusalém.
Este sincretismo religioso que é um pecado litúrgico também nos faz
lembrar dos reis de Israel que com medo do inimigo, recorriam a alianças
malditas que muita das vezes os faziam apartar da confiança em Deus e
se apegarem ao braço de carne, tornando-se malditos -Jr 17.5.
Nós
cristãos devemos votar como cidadãos brasileiros que somos, para defender
interesses públicos, humanos e nacionais e não interesses espirituais.
Interesses espirituais se conquista com o joelho no chão e a cara no pó.
O ato de votar é cívico e social e não espiritual, é pessoal e
intransferível, deve buscar mais o interesse coletivo (da nação) do que
partidário e/ou individual. E a igreja já passa por tanta divergência
doutrinária e agora vemos cada denominação buscando o seu próprio
interesse e brigando entre si pela disputa dos votos dos eleitores
cristãos em busca do apoio aos seus candidatos que em alguns casos nem
tementes a Deus são.
Os pastores políticos querem se fortalecer
politicamente com o intuito de exercerem maior opressão sobre o ingênuo
e humilde povo de Deus. Uma vez eles se fortalecendo, maior domínio
terão do povo através de suas injustiças sociais.
Cristo não se
identifica com a causa pelo qual os políticos lutam, pois Ele luta por
uma causa espiritual e celestial e eles por uma causa carnal e terrena, a
igreja de Cristo não é deste mundo como o seu dono também não é, quando
Pilatos o interrogava Ele mesmo respondeu: O meu Reino não é deste
mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para
que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora, o meu Reino não é
daqui - Jo 18.36.
No tocante à natureza verdadeira do Reino e Governo de Cristo e do seu propósito redentor atual, três considerações cabem aqui:
O que o Reino de Jesus não é. Ele "não é deste mundo". Sua origem não
está no mundo, nem visa dominar o sistema deste mundo. Jesus não veio
estabelecer nenhuma teocracia político-religiosa, nem exercer o domínio
do mundo. Ele declarou se tivesse vindo para estabelecer um reino
político na terra, seus servos pelejariam. Mas não se trata disso. Daí,
seus seguidores não se servirem de meios terrenos para estabelecer seu
Reino. Não recorrem à guerra (cf. Mt 26.51,52), nem a revoltas, para
promoverem os princípios de Cristo na terra. Não se aliam a partidos
políticos, grupos de pressão social, ou organizações seculares, para
estabelecer o Reino de Deus. Eles recusam-se a fazer da cruz uma
plataforma de poder para controlar a sociedade. Suas armas não são
carnais (II Co 10.4). o Reino de Deus não será imposto pela espada nem
pela força. Seus seguidores estarão armados somente com armas
espirituais (Ef 6.10-18). Isso não significa, porém, que os discípulos
de Jesus são diferentes aos postulados divinos por um governo pautado na
justiça e paz e que penalize os malfeitores.
O que o Reino de
Jesus é: O Reino de Cristo é o seu senhorio nas vidas e nos corações de
todos aqueles que ouvem a verdade e lhe obedecem (v.37). "O Reino de
Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito
Santo" (Rm 14.17). ele enfrenta as forças espirituais de satanás com
armas espirituais ( ver Mt 12.28; Lc 11.20; At 26.18; Ef 6.12). o papel
da igreja é o de um servo de Jesus Cristo, não o de um governante do
mundo atual. A força da igreja não procede do mundo, mas da cruz; seu
sofrimento e rejeição pelo mundo é a sua glória ( II Co 3.7-18). Somente
quando a igreja renuncia ao poder do mundo, recebe o poder de Deus.
A igreja enfrenta hoje a mesma escolha: Só quando ela perde sua própria vida neste mundo, ela achar-se-á em Deus.
Apesar da Bíblia dizer que todo o homem deva estar sujeito à
autoridade, porque não há autoridade (ela chama de autoridade o cargo e
não a pessoa) que não proceda de Deus e que as autoridades que existem
foram por ele instituídas - Rm 13.1, Jesus não está nem aí para o
sistema político do mundo, depois que Ele estabeleceu o seu Reino
Espiritual, o reino terreno não lhe importa como solução para a igreja,
nem é o seu objetivo levantar seus servos para a candidatura política,
quem o fizer, o faz por sua conta e risco, não o façam em nome de Deus,
Ele não precisa mais levantar homens como levantou Davi, José e etc,
mesmo porque Ele sabe que por mais esforços que se faça para se levantar
políticos cristãos, será perda de tempo, pois o anticristo e as duas
bestas virão, a que subirá do mar (governo político) - Ap 13.1-10 e a
que subirá da terra (governo religioso) - Ap 13.13.11-18, me aguentem
mais um pouco para dizer que uma das bestas sairá de uma grande potência
religiosa, que pode ser até mesmo evangélica, não há como impedir que
isto aconteça.
Sabedor de tudo isto pela sua presciência e
onisciência Jesus está preocupado é em preparar a sua igreja para subir e
com o seu rebanho que está como ovelhas que não têm pastor. Vocês acham
que Deus vai perder tempo de colocar homens fiéis e sinceros na imunda e
incorrigível política estando a sua igreja carente deles? Ele iria
aproveitá-los é no ministério do seu Reino. E assim diz o Senhor meu
Deus para todo aquele que tem o verdadeiro perfil do pastor aprovado por
Deus: Apascenta as ovelhas da matança, cujos possuidores as matam e não
se têm por culpados; e cujos vendedores dizem: Louvado seja o Senhor,
porque hei enriquecido e os seus pastores não têm piedade delas.
Certamente não terei mais piedade dos moradores desta terra, diz o
Senhor, mas eis que entregarei os homens cada um na mão do seu
companheiro e na mão do seu rei; eles ferirão a terra e eu não os
livrarei da sua mão. E eu apascentarei as ovelhas da matança, as pobres
ovelhas do rebanho...E o Senhor me disse: Toma ainda para ti o
instrumento de um "pastor insensato". Porque eis que levantarei um
pastor na terra, que não visitará as que estão perecendo, não buscará a
desgarrada e não sarará a doente, nem apascentará a sã, mas comerá a
carne da gorda e lhe despedaçará as unhas. Ai do pastor inútil que
abandona o rebanho; a espada cairá sobre o seu braço e sobre o seu olho
direito; o seu braço completamente se secará, e o seu olho direito
completamente se escurecerá - Zc 11.4-7; 15-17, portanto pastor: Procura
conhecer o estado das suas ovelhas e preste atenção em teus rebanhos,
porque a riqueza não dura para sempre, nem fortuna passa de geração a
geração - Pv 27.23,24.
Um comentário:
não sei o que dizer...
meu pequeno conhecimento bíblico/consequências me leva a acreditar que pastores/bispos/apóstolos/patriarcas(esse é o sonho de ribalta dos intitulados)que buscam vantagem própria dentro do serviço religioso não creem mais em DEUS, não creem nas consequências vindouras aos seus atos...DEUS lhes tenha misericórdia
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