quinta-feira, 4 de abril de 2013

PASTORES NA POLÍTICA!

O Pastor e a Política
Esta reflexão se dirige diretamente aos cristãos, não que os que professem outras religiões não possam participar, mas, para se fazer entendida sobre pontos de vista cristão, é preciso um pouco de referências bíblicas,e a bíblia não é o fundamento para todas as religiões. Eu sei que é bem longo,mas necessário para que fique esclarecido.
Vemos muitos pastores/líderes preocupados em levantar homens na política para "defenderem os interesses da igreja", quando na verdade isto é tudo engano, pois eles sabem que quem cuida da igreja é Deus, que o seu intercessor é Jesus e o seu provedor é o Espírito Santo, o que eles têm que fazer é devolver a direção da igreja para a trindade e colocar em prática a sua palavra.
Mas infelizmente muitos já perderam esta esperança e estão confiando e colocando a esperança na corrupta política, chegam até mesmo a insensatez de promoverem congressos para discutirem a participação dos evangélicos na política, visando incitar o apoio aos seus candidatos, quando não, eles mesmos abandonam os seus afazeres ministeriais para divulgarem suas próprias candidaturas, perdem e jogam fora o tempo em que ambos deveriam usar para elaborarem um encontro evangelístico de impacto (que há muitos anos não vemos em nossa nação) e/ou projetos de assistência social para alcançar os menos favorecidos de suas respectivas igrejas e que eles mesmos ignoram, projetos como construções de colégios profissionalizantes, centros de recuperação de drogados e viciados, hospitais evangélicos e etc.
Eles alegam que a motivação para se candidatarem é a defesa da igreja de Deus. Na verdade, a política é o meio pelo qual eles buscam defender os seus próprios interesses e camuflar as suas injustiças morais e sociais; pois a política jamais defenderá a Eklésia, a Universal Assembleia dos Santos, a Igreja Viva, o Organismo Santo, mas a organização, a denominação, a instituição "filantrópica" com seus interesses puramente individuais e facciosos.
Inclusive, os pastores aqui no Brasil têm mania de perseguição, quando na verdade eles mesmos a incitam. Antes de virarmos uma igreja política, Deus quer que se façam deprecações, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens, pelos reis e por todos que estão em eminência, para que tenhamos uma vida sossegada, em toda a piedade e honestidade. Porque isto é agradável diante de Deus nosso Salvador que quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade – I Tm 2.1-3.
Muitas das vezes as alegações para o apoio aos políticos evangélicos são espúrias e baseadas em rumores inverídicos de ameaças, como a promulgação de leis que forcem a igreja a celebrar casamentos de homossexuais, eles mesmos sabem que baseado em nossa legislação isto é impossível de acontecer, mas mesmo assim não instruem a igreja com verdade, os nossos direitos de culto e liturgia são invioláveis, segundo o artigo 5º; parágrafo VI da Constituição federal que diz: É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de cultos e as liturgias. E casamento de homossexuais não faz parte de nossa liturgia.
Mas na busca de seus próprios interesses, vemos pastores colocando nos púlpitos das igrejas até mesmo homens iníquos e abomináveis e no meio do culto à Deus interrompem o sagrado e dão o microfone nas mãos deles para falarem do profano e prometerem mentira.
Com esta prática eles profanam o templo, assassinam e destroem as nossas raízes de identidade cultual e se igualam com as suas contaminações ao inimigo grego dos judeus Antioco Epífanes IV que mandava imolar porcos no altar de Deus e construir um altar ao deus grego júpiter dentro do templo de Jerusalém. Este sincretismo religioso que é um pecado litúrgico também nos faz lembrar dos reis de Israel que com medo do inimigo, recorriam a alianças malditas que muita das vezes os faziam apartar da confiança em Deus e se apegarem ao braço de carne, tornando-se malditos -Jr 17.5.
Nós cristãos devemos votar como cidadãos brasileiros que somos, para defender interesses públicos, humanos e nacionais e não interesses espirituais. Interesses espirituais se conquista com o joelho no chão e a cara no pó.
O ato de votar é cívico e social e não espiritual, é pessoal e intransferível, deve buscar mais o interesse coletivo (da nação) do que partidário e/ou individual. E a igreja já passa por tanta divergência doutrinária e agora vemos cada denominação buscando o seu próprio interesse e brigando entre si pela disputa dos votos dos eleitores cristãos em busca do apoio aos seus candidatos que em alguns casos nem tementes a Deus são.
Os pastores políticos querem se fortalecer politicamente com o intuito de exercerem maior opressão sobre o ingênuo e humilde povo de Deus. Uma vez eles se fortalecendo, maior domínio terão do povo através de suas injustiças sociais.
Cristo não se identifica com a causa pelo qual os políticos lutam, pois Ele luta por uma causa espiritual e celestial e eles por uma causa carnal e terrena, a igreja de Cristo não é deste mundo como o seu dono também não é, quando Pilatos o interrogava Ele mesmo respondeu: O meu Reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora, o meu Reino não é daqui - Jo 18.36.
No tocante à natureza verdadeira do Reino e Governo de Cristo e do seu propósito redentor atual, três considerações cabem aqui:
O que o Reino de Jesus não é. Ele "não é deste mundo". Sua origem não está no mundo, nem visa dominar o sistema deste mundo. Jesus não veio estabelecer nenhuma teocracia político-religiosa, nem exercer o domínio do mundo. Ele declarou se tivesse vindo para estabelecer um reino político na terra, seus servos pelejariam. Mas não se trata disso. Daí, seus seguidores não se servirem de meios terrenos para estabelecer seu Reino. Não recorrem à guerra (cf. Mt 26.51,52), nem a revoltas, para promoverem os princípios de Cristo na terra. Não se aliam a partidos políticos, grupos de pressão social, ou organizações seculares, para estabelecer o Reino de Deus. Eles recusam-se a fazer da cruz uma plataforma de poder para controlar a sociedade. Suas armas não são carnais (II Co 10.4). o Reino de Deus não será imposto pela espada nem pela força. Seus seguidores estarão armados somente com armas espirituais (Ef 6.10-18). Isso não significa, porém, que os discípulos de Jesus são diferentes aos postulados divinos por um governo pautado na justiça e paz e que penalize os malfeitores.
O que o Reino de Jesus é: O Reino de Cristo é o seu senhorio nas vidas e nos corações de todos aqueles que ouvem a verdade e lhe obedecem (v.37). "O Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo" (Rm 14.17). ele enfrenta as forças espirituais de satanás com armas espirituais ( ver Mt 12.28; Lc 11.20; At 26.18; Ef 6.12). o papel da igreja é o de um servo de Jesus Cristo, não o de um governante do mundo atual. A força da igreja não procede do mundo, mas da cruz; seu sofrimento e rejeição pelo mundo é a sua glória ( II Co 3.7-18). Somente quando a igreja renuncia ao poder do mundo, recebe o poder de Deus.
A igreja enfrenta hoje a mesma escolha: Só quando ela perde sua própria vida neste mundo, ela achar-se-á em Deus.
Apesar da Bíblia dizer que todo o homem deva estar sujeito à autoridade, porque não há autoridade (ela chama de autoridade o cargo e não a pessoa) que não proceda de Deus e que as autoridades que existem foram por ele instituídas - Rm 13.1, Jesus não está nem aí para o sistema político do mundo, depois que Ele estabeleceu o seu Reino Espiritual, o reino terreno não lhe importa como solução para a igreja, nem é o seu objetivo levantar seus servos para a candidatura política, quem o fizer, o faz por sua conta e risco, não o façam em nome de Deus, Ele não precisa mais levantar homens como levantou Davi, José e etc, mesmo porque Ele sabe que por mais esforços que se faça para se levantar políticos cristãos, será perda de tempo, pois o anticristo e as duas bestas virão, a que subirá do mar (governo político) - Ap 13.1-10 e a que subirá da terra (governo religioso) - Ap 13.13.11-18, me aguentem mais um pouco para dizer que uma das bestas sairá de uma grande potência religiosa, que pode ser até mesmo evangélica, não há como impedir que isto aconteça.
Sabedor de tudo isto pela sua presciência e onisciência Jesus está preocupado é em preparar a sua igreja para subir e com o seu rebanho que está como ovelhas que não têm pastor. Vocês acham que Deus vai perder tempo de colocar homens fiéis e sinceros na imunda e incorrigível política estando a sua igreja carente deles? Ele iria aproveitá-los é no ministério do seu Reino. E assim diz o Senhor meu Deus para todo aquele que tem o verdadeiro perfil do pastor aprovado por Deus: Apascenta as ovelhas da matança, cujos possuidores as matam e não se têm por culpados; e cujos vendedores dizem: Louvado seja o Senhor, porque hei enriquecido e os seus pastores não têm piedade delas. Certamente não terei mais piedade dos moradores desta terra, diz o Senhor, mas eis que entregarei os homens cada um na mão do seu companheiro e na mão do seu rei; eles ferirão a terra e eu não os livrarei da sua mão. E eu apascentarei as ovelhas da matança, as pobres ovelhas do rebanho...E o Senhor me disse: Toma ainda para ti o instrumento de um "pastor insensato". Porque eis que levantarei um pastor na terra, que não visitará as que estão perecendo, não buscará a desgarrada e não sarará a doente, nem apascentará a sã, mas comerá a carne da gorda e lhe despedaçará as unhas. Ai do pastor inútil que abandona o rebanho; a espada cairá sobre o seu braço e sobre o seu olho direito; o seu braço completamente se secará, e o seu olho direito completamente se escurecerá - Zc 11.4-7; 15-17, portanto pastor: Procura conhecer o estado das suas ovelhas e preste atenção em teus rebanhos, porque a riqueza não dura para sempre, nem fortuna passa de geração a geração - Pv 27.23,24.

Um comentário:

Unknown disse...

não sei o que dizer...
meu pequeno conhecimento bíblico/consequências me leva a acreditar que pastores/bispos/apóstolos/patriarcas(esse é o sonho de ribalta dos intitulados)que buscam vantagem própria dentro do serviço religioso não creem mais em DEUS, não creem nas consequências vindouras aos seus atos...DEUS lhes tenha misericórdia