quarta-feira, 22 de abril de 2015

A MISÉRIA NÃO ACABA PORQUE DÁ LUCRO!


A imagem reflete bem através das exibições dos modelos estruturados, que há possibilidades de construções do belo e do confortável sobre o esqueleto arquitetônico, quando é lógico se assume sem trégua a intenção de potencializar mudanças...



Porque não nos preocupamos com as mazelas alheias a nossa volta? Porque fingimos não ver, ou focamos nossas preocupações em assuntos mais "eventuais"?
Será que se olharmos para dentro de nós, em secreto e com absoluta sinceridade, poderíamos afirmar com certeza, que não encontraríamos lá, bem dentro de nós, um certo prazer oculto perverso e até libidinoso, ao nos ver "por cima" destas mazelas alheias?
Não encontraríamos, um certo "orgulho de superioridade"?
 Um dos grandes atrativos da áspera vida nas cidades é a fauna, o conjunto de júbilos, gozos e misérias humanas.
Como a imagem de um ser em sofrimento pode recriar um espaço imaginário a partir do olho de quem vê.
Vamos deitar os olhos nessa figura humana sempre associada a um sabor de derrota, de fracasso. Essa imagem de um homem vencido pela estranheza dos códigos urbanos, dos códigos sociais, ligado a inaptidão de se adequar a costumes que até mesmo nós (não mendigos) questionamos sua validade, seu sentido.
Vamos descobrir a figura do mendigo como um ser sentimental, racional, emocional, embutido na invisibilidade por nós produzida, essa invisibilidade deplorável de não enxergar os seres que nos cercam exceto pelo que mostram, ostentam, induzem, pelo que vestem, dirigem, pelo lugar onde moram, pela poupuda conta bancária.
 Sim, o mendigo possui ideal estético capaz de sensibilizá-lo com a forma da conformidade a fins de objeto. O mendigo a vê, e a ela é atraído, sem rodeios, sem protocolos de uma vida urbana débil, cheia de pífias ideias de ordem, que nada mais faz do que tolher brutalmente a sensibilidade de qualquer persona poética (ou artística). Sem cair no perigoso apelo de transformá-lo num herói virtuoso.
A natureza não duvida de si mesma, não sofre das inseguranças e das terríveis desesperanças que o ser humano pode carregar, por isso ela sob o constante efeito dessa inabalável força sempre faz emergir as radiantes primaveras...
Quando encontramos algo quebrado, esta condição do objeto representa a realidade tal como está. Semelhante a quando se quebra um aspecto da realidade de uma pessoa... Mas que só permanece aprisionada na condição comprometida se nenhuma atitude de reformulação for despertada. 
O potencial de modificação se encontra resistente e potente no interior da realidade degradada, como uma semente residente numa fruta passada. Esta semente salta ao futuro se a pessoa se responsabilizar em submeter a realidade deficitária ao movimento de restauração... 
a ciência vem mostrando que aquele que se depara e se enraíza na visão depreciada de sua realidade sem qualquer crença de continuidade possível irá se configurar no rol dos deprimidos e que o cérebro irá demonstrar isso. E, afirma “Porque a vida é dura e, mesmo assim, seguimos em frente. Temos que acreditar nos nossos talentos, nas nossas capacidades para ultrapassar todos os obstáculos que irão surgir inevitavelmente.”.
Acidentes de percurso amassam nossos sonhos, ou nossas relações afetivas, ou mesmo nossa saúde. Olhar para estas condições é olhar o Ato Aristotélico de constatar uma realidade comprometida. Será a abertura para a percepção de que pode ter-se uma nova realidade construída a partir da atual é que fará despertar a força em uso... A partir dessa alavanca de percepção e decisão que tudo na vida humana pode ser transformado.
Quantas vezes podemos perceber pessoas que se tornam um pouco atordoadas para fugirem de um aspecto da realidade que não aceitam e que por isso se esmagaram na pedra pela falta de potência em se perspectivar com transformação para o futuro.
Quantos pensam que o poder os exclui das perdas, das dores e dos fracassos afetivos. Quantos se tornam displicentes com o que fazem se calcando numa ilusão de imunidade permanente...
Quantos se destroem pela displicência em tomar conta e preservar a lucidez quanto à efemeridade das realidades...
Quantas vezes uma pessoa se sente distanciada das visões de continuidade...
Quantas vezes uma pessoa na vida acha que a saída inexiste...
Existe a possibilidade de que no esvaziamento de uma fase, a pessoa começa a percorrer caminhos e descaminhos até recuperar a percepção do que era essencial a ela e com isso resgatar a possibilidade de desenvolver com calma a capacidade de se sustentar nas escolhas realizadas.
Há sempre uma semente de recomeço em cada realidade.
A vida em ruína é como um apartamento que você visita para comprar... Há que se olhar o potencial do possível.
Qualquer acordo com as mudanças se realiza através de um pacto que se estabelece consigo... O pacto do bom futuro...basta ser apresentado este pacto.
O pacto de criar os conteúdos do futuro através do Tornar a Ser...
Existem “ex-mendigos” sim, pessoas que de algum modo estabeleceram um pacto de se reconstruir para os Belos Dias.
Se foi dada uma oportunidade, um ex-mendigo , pode com certeza a pegar e se apropriar desse modo do contato com a potência do seu eu...
 Existem sim,  ex-mendigos,  que Saíram da miséria das mentes que são destituídas das riquezas fundamentais. Ao invés de ser pedinte se tornou fornecedor da imagem dos bons possíveis.Que se resgatou, se reergueu e “voltou ao mundo”, dizendo a mim e a todos que desejam ouvir que existe sim uma Existência sempre em nós a espera de ser realizada...


 QUANDO O ÚNICO TERRITÓRIO SE TORNA AS CALÇADAS
De um lado, temos em nossa sociedade, pessoas fortemente delimitadas territorialmente: rodeadas por seus próximos, apresentadas em seus lugares familiares e nitidamente assimiladas a uma classe social, um estabelecimento ou um grupo. Por outro lado, indivíduos à margem do território, sem pontos de referência nem lugar de ancoragem, sem horizonte: excluídos do coletivo, sozinhos diante de sua dor, com o duro anonimato dos lugares de assistência como único consolo. Na visão humanista, a energia e a vida irrigam as imagens; na humanitária, a morte, a impotência e a resignação sugam a substância delas.”
É questão de posicionamento político também.
Se as problemáticas continuam, persiste a extrema necessidade de observar as condições sociais, econômicas, culturais e institucionais, e mostrá-las. O mundo continua precisando ver para entender. 
Então, se você já viu essas imagens antes e continua a ver é porque o problema ainda está lá fora (lá fora? Será?). De todo modo, é importante também ver iniciativas que tentam outra forma de abordar os problemas.
O que vamos fazer?
A severa má nutrição leva a morte, o crescimento deteriora o próprio corpo, o obriga a decompor a si mesmo em busca de comida, não podemos imaginar o porque foram abandonados a morrer de fome, jogados sem esperança sobre a Terra.
Não precisamos apenas olhar horrorizados, enquanto muitas crianças estão ocupadas com seus brinquedos e mimos, muitos morrem famintos, esta ao nosso alcance caminhar nesta direção, e fazer alguma coisa, mesmo que escala pequena, simples, já um passo.
A maioria das religiões organizadas, assim como sistemas políticos, tristemente desperdiçam  muito de seu tempo energia defendendo assuntos religiosos ou “públicos”, mas quando um se ajoelha diante de uma criatura pequena e frágil?
Esses tipos de práticas vazias se dissolvem  em um mar de insignificância, (religião e política sem ação é só uma casca vazia).
O conforto nos cega da necessidade e dor alheia. Nos faz ficar indiferentes e inconscientemente , não querer ver.
As religiões e políticas se tornam meros RITOS, quando se tornam passivos, quando apenas assistem mas não AGEM.
Amor é tudo que importa! O amor nos impele para frente, o alcançar efeitos e resultados de fato significativos. “Ainda que eu tivesse a fé de remover montanhas, sem amor isso não seria nada; minha fé extraordinária seria NADA!”
Há mais força do que se pode imaginar, quando existe AMOR E VONTADE.
Surgem heróis que não estão na mídia, com uma força assombrosa dentro de si, capaz de saber o que e como fazer, e como isso é assombroso.
Bom eu creio que este seja um desafio de transmitir esperança e muitos estão morrendo por falta de esperança, porque as pessoas estão “simplesmente” cansadas deles, quanto mais esperança transmitirmos a estes, mais tratarão de lutar contra a morte, porque saberão que irão conseguir.
Até mesmo nós, por vezes nos sentimos sem esperança, porque vemos as necessidades sem termos os recursos para fazer o que necessitamos  fazer, mas ainda assim, temos que dar-lhes esperança. Temos visto muitas situações tristes e trágicas, imóveis, impassíveis e impotentes, mas poderia ser um  dos nossos, e devemos nos colocar no lugar e assim encontrar direcionamento para continuar.
Enquanto o mundo for egoísta não querendo ver e muitos acumulando riquezas materiais, existirá sofrimentos.
Acredito que todos nós passamos por problemas, mas o conforto que temos nos cega para ver a dor do próximo.

Creio que ao invés de igrejas e plenários estarem cheias de pessoas vazias, poderiam estar vazias de pessoas e "estas" estarem em missões voluntárias para salvar estas vidas que perecem de fome carnal e espiritual.
Vamos mudar nosso conceito de fé e de cidadania?
Que Deus abençoe aquelas pessoas que foram enviadas para ajudar o próximo e capacite-as para cuidar com muito amor destas vidas.



EXISTEM MISERÁVEIS ALÉM DAS CALÇADAS

A MISÉRIA NÃO ACABA PORQUE DÁ LUCRO!
 Exatamente! Dá lucro aos Governantes e aos políticos em geral! Por isso, não se investe em Educação, Saúde e Cultura apesar de todos falarem somente disso na televisão!
Não há dúvidas, em quanto houver miseráveis, haverá lucro, e lucro gera desvios de verbas, logo gera e mantém corruptos.
 A seca no nordeste por exemplo. Eles decretam estado de emergência, recebem e roubam o dinheiro com o qual deveriam ajudar o povo.
Verdade nua e crua...e ainda alimenta mentes vazias a fazer falsas caridades....daquelas que tira foto pra propaganda....chazinhos da tarde em prol da caridade....
O novo sujeito do século do progresso pretende-se onipotente como se desconhecesse limites para o prazer e o desejo. Para ele não há leis nem obstáculos, mas há um preço a pagar no novo mundo. O mal do século não é mais a depressão, mas a perversão. 
 É inevitável que o pessimismo e a frustração não sejam respostas aos desafios incessantes do progresso, às necessidades permanentes do mercado, à competição profissional e social desenfreadas. A sensação de incapacidade, incompetência para estar sempre em dia, e a percepção da impotência em consegui-lo, tornam-se a cada dia mais insuportáveis. Em função disso, paralisados, muitos são incapazes de reagir.




CRESCE O NÚMERO DE BRASILEIROS EM SITUAÇÃO DE POBREZA ETREMA
O número de brasileiros em situação de miséria subiu 3,6% entre 2012 e 2013, segundo dados do Ipeadata.
Em 2014, 10,4 milhões de pessoas no país tinham uma renda inferior per capita inferior à linha extrema de pobreza. Em 2012, 10,0 milhões  estavam nesta condição.
Para calcular a condição de miséria, o Ipea estima o preço de uma cesta de alimentos que contenha o mínimo de calorias necessárias para suprir uma pessoa, seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde e da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e  a Agricultura (FAO). As estimativas são diferentes para cada um das 24 regiões do país.
Com esses dados em mãos, o instituto calcula, então, o número de pessoas que não tem uma renda suficiente para adquirir esta cesta de alimentos de acordo com respostas da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE).
Relatório da Cepal mostra que, apesar de o índice de pobreza no País continuar caindo, o número de miseráveis aumentou entre 2012 e 2013
Dados da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) divulgados nesta segunda-feira, 26, mostram uma elevação de 5,4% para 5,9% na quantidade de brasileiros que vivem em situação de extrema pobreza entre 2012 e 2013. Esse índice estava em 10,7% em 2005, segundo os critérios da Cepal.
"A recuperação da crise financeira internacional não parece ter sido aproveitada suficientemente para o fortalecimento de políticas de proteção social que diminuam a vulnerabilidade frente aos ciclos econômicos", afirmam os especialistas da Cepal no relatório "Panorama Social da América Latina 2014".
A piora do quadro da extrema pobreza no Brasil se opõe às manifestações públicas da presidente Dilma Rousseff ao longo da campanha do ano passado. Além de negar uma deterioração dos indicadores devido aos sucessivos anos de crescimento econômico fraco e de inflação rondando os 6% ao ano, o governo também atravessou o ano de 2014 com embates políticos internos.

Veja a íntegra da  nota do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome:
O relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) aprovado hoje (10/09) parte de premissas erradas para chegar a conclusões equivocadas sobre o Programa Bolsa Família e outras políticas desenvolvidas pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). O texto revela ignorância dos técnicos sobre os critérios internacionais de mensuração de pobreza, desconhecimento da legislação e até mesmo erros de cronologia que induziram os Ministros a equívoco.
O documento produzido pelo TCU desconsiderou as respostas e esclarecimentos técnicos prestados pelo MDS.
O texto conclui que os dados de extrema pobreza podem estar distorcidos em virtude da não atualização da linha de extrema pobreza desde 2009. A linha somente foi instituída por decreto presidencial nº 7.492, em 2 de junho de 2011. Não há, portanto, como se falar em correção desde 2009.
O valor de R$ 70 equivalia em junho de 2011 a US$ 1,25 por dia e foi atualizado para R$ 77, por intermédio do Decreto nº 8.232, em 2014, o que é compatível com o parâmetro internacional para classificar a extrema pobreza (paridade do poder de compra).
Com base nesse mesmo parâmetro, instituições nacionais e internacionais acompanham a trajetória da redução da extrema pobreza nos diversos países, confirmando os resultados divulgados pelo governo brasileiro
Lista de unidades federativas do Brasil por incidência da pobreza
Posição
UF
Extrema
pobreza
(%)1
País
comparável
1
1,7%
2
1,9%
3
2,7%
4
2,9%
5
3,0%
6
3,7%
7
3,9%
8
4,3%
9
4,7%
10
5,0%
11
5,9%
12
7,9%
13
11,9%
14
12,8%
 Peru
15
13,0%
16
15,3%
17
16,1%
18
16,3%
19
17,7%
20
17,9%
21
18,4%
22
 Acre
18,9%
23
19,2%
24
19,3%
25
20,5%
26
21,6%
27
26,3%


Um comentário:

Anônimo disse...

Cresce o número de brasileiros com analfabetismo "etremo"