terça-feira, 2 de junho de 2015

QUANDO O ÚNICO TERRITÓRIO SE TORNA AS CALÇADAS OU OS LIXÕES O CASO SE TORNA DE SAÚDE PÚBLICA

EXISTEM MISERÁVEIS ALÉM DAS CALÇADAS

O PROBLEMA E OS RICOS PASSAM A SER DE TODOS

DOENÇAS
A possível expansão de áreas de transmissão de doenças não pode ser compreendida como um regresso de doenças como a malária, febre amarela, dengue, leptospirose, esquistossomose e outras transmitidas por carrapato e inúmeras arboviroses (O termo arbovirose deriva da expressão adotada para designar grupo de infecções virais, cujos agentes são insetos), entre outras têm variável importância sanitária em diferentes locais. Nas cidades grandes é bem maior a possibilidade de serem introduzidos seres humanos ou animais infectados.
Além de doenças como HIV, Hepatite B e C e DST. As transformações sociais e tecnológicas ocorridas no mundo nas últimas décadas permitem antever que essas doenças adquiriram, ao longo dessas décadas, outras características, além dos fatores biológicos intrínsecos. A possibilidade de prevenir, diagnosticar e tratar algumas pessoas e excluir outras desses sistemas aprofundou as diferenças regionais e sociais de vulnerabilidades e transformou as desigualdades sociais num importante diferencial de riscos ambientais. Cabe ao setor saúde não só prevenir esses riscos fornecendo respostas para os impactos causados pelas mudanças ambientais e climáticas, mas atuar na redução de suas vulnerabilidades sociais, através de mudanças no comportamento individual, social e político, por um mundo mais justo e mais saudável.


 As vulnerabilidades são conformadas pelas condições sociais, marcadas pelas desigualdades, as diferentes capacidades de adaptação, resistência e resiliência. Essas avaliações são baseadas no pressuposto de que grupos populacionais com piores condições de renda, educação e moradia sofreriam os maiores impactos das mudanças ambientais e climáticas. No entanto, as populações mais pobres nas cidades e no campo têm demonstrado uma imensa capacidade de adaptação, uma vez que já se encontram excluídas de sistemas técnicos. Se a vulnerabilidade é maior entre pobres, não se pode afirmar que a parcela incluída e mais afluente da sociedade esteja isenta de riscos, ao contrário, sua capacidade de resposta (imunológica e social) é mais baixa. Observar as diferentes escalas, a heterogeneidade do espaço, suas diferentes expressões culturais e suas peculiares formas de configuração e uso do território, é essencial para os estudos das relações entre ambiente e saúde.

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