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Trás reflexões sobre “a vantagem” de se olhar para
o mendigo como um patrimônio a ser “restaurado”, através da “troca” cultural.
Fazer uma mostra que induz a se pensar no mendigo como
“oferta” de uma fonte de conhecimento e aprendizado. Apresentar a “troca”,
“restaurando o patrimônio e ganhando mais identidade”.
Neste contexto, inserem-se também algumas análises relativas
a todos os seres humanos como patrimônio, independentes de valias ou desvalias,
sempre existirão pontos de restauração em cada ser humano. Portanto trataremos
de alguns temas de “bem comum”.
Trata-se um conjunto de atividades centradas em problemas e
não em teoria, e não faz parte da natureza de tal empreendimento estar limitado
por uma formulação teórica única, é um conjunto de atitudes de pesquisa e
preocupações meta-científicas compartilhadas, mas não apresentam um conjunto de
técnicas analíticas ou postulados teóricos integrativos. Nem é apropriado
exigir que tenham. Poder-se-ia argumentar que analises inseridas neste estudo,
constituem apenas subáreas de estudo, não campos de trabalho profissional,
portanto seriam termos disponíveis para caracterizar áreas de estudo abertas a
qualquer interessado.
Apresentação de aspectos relacionados aos sentidos e
significados dados ao trabalho com pessoas em situação de rua (Morador de
rua/Mendigo), mas que aqui serão tratados como DESVALIDOS. Esta problemática é
crescente não apenas em grandes conglomerados urbanos, mas também nas cidades
em desenvolvimento. Verifica-se entre esse segmento a existência de
insalubridade e exclusão.
Os estudos sobre "população em situação de rua" no
Brasil são considerados relativamente escassos e em nosso país o conhecimento a
respeito dessa população ainda é modesto. Na realidade, merece destaque o fato
de que a mão de obra não qualificada termina sendo excluída do mercado de
trabalho, o que se reflete nas condições de vida da população.
A ciência, por vezes, comporta-se como o cidadão comum que
ao se deparar com um mendigo e/ou morador de rua tende a desviar seu olhar ou
mesmo seu caminho, fato comprovado pela escassez de trabalhos que abordam essa
temática. O comportamento científico tem grande relevância, ao poder contribuir
para uma melhor compreensão da problemática e consequentemente para o
desvelamento de novos olhares a partir de estudos multidisciplinares. A
carência de conhecimentos específicos torna o trabalho com essas populações
limitado, baseando-se apenas na boa vontade de quem se dedica à caridade,
atividade geralmente de cunho assistencialista deixando um déficit de
discussões mais aprofundadas acerca do tema.
Cotidianamente encontramos pelas ruas pessoas que nelas vivem
e acabamos involuntariamente estabelecendo contato com representantes desse
segmento populacional, dos quais, de modo geral, não conhecemos sua história.
O maior problema do indivíduo, e o que o leva se tornar um
morador de rua, é com certeza, o GRANDE SENTIMENTO DE REJEIÇÃO.
Este sentimento é gerado por vários fatores:
Desemprego, violência doméstica, perda de família pelo
crime, aquisição de doenças de risco (HIV, por exemplo), alcoolismo, drogas,
tragédias como enchentes, desmoronamentos, incêndios, êxodo rural, etc.
Enfim; por inúmeros fatores, o indivíduo passa a sentir-se
um rejeitado: Pela família, pela sociedade, por DEUS.
Aspectos como esses são imprescindíveis para a implementação
de políticas públicas mais eficazes e sensíveis.
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