terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O GRANDE PROBLEMA DAS DROGAS




"O GRANDE PROBLEMA DAS DROGAS NÃO SÃO AS DROGAS EM SI, MAS O QUE LEVA PESSOAS A PROCURÁ-LAS".
A atração pela aventura que as drogas representam por permitir a integração ao grupo ou por simples curiosidade, leva o adolescente a experimentá-la. Nesta fase, funciona como válvula de escape, liberando as tensões dos conflitos aí existentes.
Se a família está desestruturada, é mais fácil ao adolescente continuar usando drogas, que conferem uma sensação de tranquilidade àquilo que era triste ou complicado. Devido a este prazer ser restrito, com o tempo, há necessidade de elevar as doses para obter os mesmos resultados, chegando ao ponto de não conseguir viver sem elas.
O grupo de maior risco são as crianças carentes e vítimas de maus tratos, levando em conta as características de cada uma, o momento e o meio.
A criança e o adolescente refletem muito a problemática dos pais e, devido a isto, não raro, encontramos o pai que bebe muito, a mãe que usa calmantes e o filho fuma maconha. Notamos aí a mesma tentativa de "fuga da realidade".
Especialistas de narcóticos revelam que quase todas as famílias que os procuram são desagregadas, repressoras ou altamente liberais. Acham que a única solução para acabar com o vício do filho é prender o traficante. Esquecem que antes de procurarem culpados ou inocentes, deveriam questionar a estrutura familiar.
Normalmente a família tende a se colocar na posição de vítima, a acusar as más companhias, sendo o folho a ovelha negra, o centro do problema. Psicólogos mostram que é justamente esse filho que sustenta a estrutura familiar de uma forma capenga e sofredora. Se ele mudar de atitude e criar responsabilidade, vai desestruturar totalmente a família. Às vezes, inconscientemente, chegam a desejar que o filho continue como está para justificar seus fracassos. Por isso, aconselha-se estender o tratamento à família.
Especialistas no assunto recomendam o tratamento ambulatorial, incluindo abordagem física e psicológica. Internação em clínicas de longa permanência é vista como último recurso. Também é válida a participação em grupos de apoio, pois permitem a convivência com pessoas que viveram e superaram o problema.
Não há razão para o panico, quando se descobre que um filho experimentou drogas. Especialistas renomados dizem que a melhor providencia é uma conversa clara sobre os perigos da droga. Não resolvendo, deve-se partir pra medidas mais drásticas, tais como proibir certas companhias e a frequência a locais onde terá acesso ao tóxico. Persistindo o problema, o melhor é consultar um especialista, tendo em mente que a recaída é sempre uma possibilidade. Queremos dizer que a situação requer paciência e força de vontade.
A título de prevenção, além de orientarem os filhos, os pais devem ficar atentos a qualquer mudança no comportamento deles. Julgando o mais importante estabelecer, com a maior urgência, um clima de serenidade e comunicação aberta, para que o jovem possa se abrir e os assuntos como drogas sejam abordados sem mentiras ou preconceitos.