terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

DROGAS




Todos nós ouvimos, há muito tempo, histórias de artistas, cantores de rock e outras pessoas famosas que se drogam chegando a pontos críticos de internações hospitalares e, até mesmo, a morte por ingestão ou uso abusivo. Mas, infelizmente, estes casos não se restringem somente a estas pessoas, nem às periferias das grandes cidades brasileiras. A droga avança entre os jovens independentes da classe social, não poupando até famílias mais respeitáveis. É pura ilusão pensar que os filhos não terão contato com ela mais cedo ou mais tarde.
Pesquisas recentes, em várias capitais brasileiras, mostram que aproximadamente 30% dos alunos de 1º e 2º graus já experimentaram drogas. Deste total, 50% fazem isto antes dos 14 anos, o que é um dado alarmante. Ao contrário do que se imagina a primeira vez nem sempre acontece na rua, sob a influencia de traficantes. Outra pesquisa mostra que 52% experimentaram em casa, 20% na rua, 15% em casa de amigos e 8% nas escolas.
Embora os pais se apavorem muito com o uso de maconha e cocaína, essas não são nem de longe as drogas de maior transito entre os adolescentes. Depois do álcool e do cigarro, as mais utilizadas por eles são os inalantes, crack, cola de sapateiro, solvente do tipo Tynner, cheirinho da loló, uma mistura caseira de álcool, éter e clorofórmio, lança-perfume. Uma pesquisa realizada com 30 mil jovens entre 10 e 18 anos, revelou que 17% tinham experimentado algum inalante e 2% já utilizavam com certa frequência. Em 2º lugar estão os ansiolíticos, usado por 7% dos entrevistados, seguindo-se os estimulantes ou remédios para emagrecer ( anfetaminas ), com um índice de 4%. A maconha está em 4º lugar, com 3,5% onde uma pequena porcentagem ( 0,5% ) chegou a usá-la mais de seis vezes. A cocaína está em 8º lugar com 0,7¢.
Notamos que a porta de entrada para o universo das drogas não costuma ser a maconha. Tradicionalmente as pessoas começam usando álcool ou fumo em seguida inalantes, depois a maconha e, por fim, cocaína. Não queremos dizer com isto que todo adolescente que bebe ou fuma demais vai utilizar outras drogas no futuro ou ficar dependente, mas devemos alertar aos pais. O perigo pode estar em casa, nas chamadas drogas lícitas: Álcool, cigarro e medicamentos tomados de forma abusiva.
AS DROGAS AFETAM AS FUNÇÕES DO ORGANISMO, POIS ALTERAM AS FUNÇÕES CEREBRAIS. O tamanho do estrago vai depender da quantidade empregada e da frequência. Em altas doses A MAIORIA PODE SER FATAL. A cola de sapateiro, por exemplo, ocasiona distúrbios graves nos rins, fígado e neurônios e, às vezes, PROVOCA MORTE SÚBITA POR PARADA RESPIRATÓRIA. Isto é mais comum nos rapazes pois, usam mais álcool, solventes e maconha. As garotas procuram ansiolíticos e remédios para emagrecer, tóxicos de maior aceitação social, reproduzindo muitas vezes o comportamento das mães.
Após os 20 anos, o quadro de consumo se altera, sendo a droga usual a cocaína ( 28% ), seguida da maconha ( 22% ), das anfetaminas ( 6% ) e dos barbitúricos ( 4% ).
Quando se instala a dependência, a ameaça cresce, onde muitos começam a praticar furtos em casa ou fora dela, ou participam do tráfico para obterem a droga.
Além de tudo isto, o uso da droga injetável, acarreta grande risco de contaminação pela AIDS, pois vários usuários partilham a mesma seringa. Estimativas mostram que aproximadamente 80% deles estão contaminados pelo vírus.
Nem todas as pessoas que experimentam drogas vão ao fundo do poço. A maioria dos adolescentes que faz uso de drogas correspondem aos chamados usuários recreativos, que recorrem aos tóxicos apenas em festas ou viagens. O que indica a dependência é o grau de comportamento do indivíduo, ou o fato dele viver em função da droga.